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sábado, 23 de março de 2013


Estudo aponta como pensam, o que querem e o para onde vão as mulheres da tão falada geração Y

Os interesses e desejos das jovens entre 18 e 31 anos devem definir o rumo das mulheres no mercado de trabalho e na vida
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(
 Ilustração: Luciano Araujo
)
Elas são as responsáveis por formar as novas famílias e educar futuras gerações. E ocuparão a quase totalidade dos cargos de chefia das empresas, farão as descobertas científicas seguintes, construirão teorias inéditas... Os rumos femininos, portanto, dependem dessas jovens, que têm hoje de 18 a 31 anos e formam a chamada geração Y. O estudo "Conte com Elas", do Movimento Habla, da Abril Mídia, sondou expectativas, ambições e interesses desse grupo. Confira:
A geração Y é muito bem informada e bem formada.
Hard users de tecnologia, essas jovens trocam informações o tempo todo e sabem um pouco de muita coisa, pois têm interesses múltiplos. Além disso, estudam mais do que as gerações anteriores e somam mais diplomas de pós.
Essas mulheres sabem exatamente o que não querem da vida.
O maior temor é reproduzir o comportamento das mães, que se doaram à carreira e deixaram a vida pessoal em segundo plano. São conscientes de que a profissão tomará boa parte de seu tempo e, por isso, valorizam mais o propósito do trabalho e o prazer que ele proporciona do que altos salários ou cargos. Elas planejam usar as palavras amor, prazer, realização e trabalho na mesma frase.
Buscam um novo formato de atuação profissional.
Por causa da facilidade da comunicação móvel (internet, smartphone), elas questionam os modelos corporativos. Acreditam que podem render mais (ou pelo menos o mesmo) atuando de qualquer canto do mundo, sem precisar bater cartão. E elas também questionam a eficácia e a qualidade do trabalho feito em intermináveis horas extras. Ou seja, querem colocar em prática a filosofia da "qualidade de vida", que só ficou na teoria com a geração anterior, a X.
Elas prolongam a permanência na casa dos pais.
O que querem é segurança para estudar mais. E estão certas em aproveitar esse conforto, já que, adiante, não poderão contar com muita ajuda: segundo projeções, os profissionais domésticos serão cada vez mais escassos (e caros) no Brasil. E isso vai acontecer porque as Ys de todas as classes estão em busca de mais qualidade no mercado de trabalho.
Querem igualdade nos domínios domésticos.
Como têm horror a encontrar pela frente qualquer semelhança com a vida de "mulher moderna" da personagem de Sarah Jessica Parker no filme Não Sei Como Ela Consegue (2011), essas jovens não colocam os filhos nos planos de curto prazo e esperam que o (futuro) parceiro seja colaborativo e compartilhe responsabilidades e obrigações - realmente de igual para igual, pois ele sabe que a mulher também tem uma carreira a zelar. Mas há as que, como no passado, querem ser mãe e nada mais. E fazem a escolha sem culpa.

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