Crescem casos de má-formação congênita no Iraque
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Na maternidade de Basra, no Iraque, a pequena Zahra, de sete dias de vida, descansa no colo da avó.
Ela sofre de espinha bifurcada, uma má-formação congênita que médicos iraquianos dizem ser cada vez mais comum no país.
A avó conta que a mãe de Zahra liga a toda hora e pergunta como a menina está. "Ela chora ao telefone e pergunta quando vai ver a filha", conta.
Em um hospital, os médicos calculam que houve um aumento de 60 porcento em má-formações congênitas desde 2003.
O médico Muhsin Sabbak está convencido de que os metais pesados usados nas munições durante a guerra estão por trás desse aumento. Ele diz que não há outra explicação.
Resquícios do combate
Uma pesquisadora do Ministério da Saúde, em Bagdá, confirma que o relatório deverá mostrar um aumento de má-formações congênitas em áreas onde houve combates intensos.
O Departamento de Defesa americano não quis se pronunciar sobre o assunto e o Ministério da Defesa britânico disse que aguarda os resultados oficiais do relatório e que "seria prematuro sugerir essa relação sem evidências confiáveis".
Essa semana, a guerra do Iraque completou 10 anos. A violência no país atingiu seu auge entre 2006 e 2007 e, desde então, registrou uma queda.
Entretanto, a insurgência sunita continua, com uma média de mais de 300 pessoas mortas por mês no país.
Na última segunda-feira, um total de dez carros-bombas explodiram em Bagdá, matando cerca de 50 pessoas e ferindo mais de 150, segundo as autoridades.
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