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segunda-feira, 21 de março de 2016

Afrografiteiras

Lançado pela Rede Nami no Rio de Janeiro, o projeto AfroGrafiteiras reúne um grupo de 30 jovens mulheres afro-brasileiras num curso de 5 meses para aprender a base da prática do graffiti ensinada por uma das mais conhecidas grafiteiras do Brasil, Panmela Castro aka Anarkia Boladona.

Panmela é artista de graffiti há mais de 20 anos; uma autodidata que enfrentou muitas dificuldades num ambiente dominado pelos homens, mas que com sua tenacidade não desistiu da paixão pelas latinhas e os muros no espaço público. Ao longo dos anos, usou seu talento artístico para lidar com temas de sexualidade e empoderamento femininos, e de violência contra a mulher. Em 2010 ela fundou a Rede Nami, uma organização não governamental que foca no graffiti para acabar com a violência doméstica. Criou um método para ensinar a arte do graffiti a outras mulheres e, recentemente, lançou o projeto AfroGrafiteiras usando essa sua didática.
Após uma seleção de 30 mulheres originárias de várias comunidades, que se identificam como afro-brasileiras e estão envolvidas em produção cultural, o curso começou em 11 de abril com uma conversa sobre feminismo negro pela palestrante Nilcea Freyre, antiga Secretária Especial para as Políticas da Mulher. Dia 18 de abril, as alunas tiveram sua primeira aula na casa da Rede Nami situada no Morro de Nova Cintra no Rio de Janeiro onde está situada a comunidade Tavares Bastos. E rapidamente aprenderam a usar diferentes tipos de spray, a controlar a lata aplicando mais ou menos pressão, para fazer linhas e curvas mais grossas ou mais estreitas, círculos, gradações de cores e até mesmo a produzirem suas tags.
Sob um tórrido sol de outono, instrutoras e alunas permaneceram bem animadas e foram embora com o melhor para casa de sempre. Encontrar um muro onde vivem e praticar o que aprenderam na aula. Parece que está para vir o começo de muito mais e melhor arte no Rio de Janeiro.

Contramare

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