A liberação em alguns Estados americanos já permite novas descobertas sobre as consequências do uso
JAIRO BOUER
11/03/2016
A flexibilização das leis de consumo de maconha nos Estados Unidos na última década levou a um aumento do uso da substância entre pessoas com mais de 18 anos. Hoje, 23 Estados americanos consideram legal alguma forma de consumo. Alguns permitem a posse de pequenas quantidades para uso pessoal, outros descriminalizaram o consumo, outros admitem o uso médico.
Na contramão dessa tendência de aumento, o consumo entre os adolescentes diminuiu, apesar de eles perceberem cada vez menos perigo na droga. Os especialistas alertam que essa menor percepção de risco poderia levar, no futuro, a uma maior procura de maconha pelos mais novos.
Outros dados revelam ainda que admissões hospitalares por problemas relacionados à maconha aumentaram em Denver, no Estado do Colorado, onde a lei admite uso recreativo da droga. Na Califórnia, onde o uso médico é aprovado, a droga agora está mais disponível do que há dez anos e a polícia vem encontrando mais motoristas dirigindo sob efeito de maconha, o que pode levar a mais acidentes. Já em Seattle, apesar de uma maior prevalência de consumo frequente, houve diminuição de internações médicas e de problemas com a polícia. As informações, publicadas no periódico Journal of Addiction Medicine e reveladas pelo jornal inglês Daily Mail, são da Universidade do Texas em Austin e do Escritório de Estratégias para Drogas de Denver.
Já um outro novo estudo, publicado no início de fevereiro, na versão on-line do periódico Jama Internal Medicine, sugere que o uso diário de maconha pode, no longo prazo, “empobrecer” o vocabulário na vida adulta. Os participantes foram acompanhados por até 25 anos. Eles tiveram de responder a testes cognitivos que avaliaram memória, foco e habilidade para tomar decisões rápidas. Não foram observadas outras alterações significativas, além da dificuldade para recordar palavras. A pesquisa, realizada pela Universidade de Lausanne, na Suíça, investigou quase 3.500 pessoas que começaram a usar maconha no início da vida adulta.
À medida que mais leis, mundo afora, flexibilizam a posse e o consumo recreativo, será importante medir, no longo prazo, os impactos que o eventual uso contínuo da maconha pode ter na capacidade cognitiva. Essas informações são particularmente importantes para os adolescentes. Eles estão em processo acelerado de formação de suas conexões neuronais. Com esses dados em mãos, médicos e especialistas poderiam, em tese, antecipar problemas e, eventualmente, interferir no padrão de consumo.
Na contramão dessa tendência de aumento, o consumo entre os adolescentes diminuiu, apesar de eles perceberem cada vez menos perigo na droga. Os especialistas alertam que essa menor percepção de risco poderia levar, no futuro, a uma maior procura de maconha pelos mais novos.
Outros dados revelam ainda que admissões hospitalares por problemas relacionados à maconha aumentaram em Denver, no Estado do Colorado, onde a lei admite uso recreativo da droga. Na Califórnia, onde o uso médico é aprovado, a droga agora está mais disponível do que há dez anos e a polícia vem encontrando mais motoristas dirigindo sob efeito de maconha, o que pode levar a mais acidentes. Já em Seattle, apesar de uma maior prevalência de consumo frequente, houve diminuição de internações médicas e de problemas com a polícia. As informações, publicadas no periódico Journal of Addiction Medicine e reveladas pelo jornal inglês Daily Mail, são da Universidade do Texas em Austin e do Escritório de Estratégias para Drogas de Denver.
Já um outro novo estudo, publicado no início de fevereiro, na versão on-line do periódico Jama Internal Medicine, sugere que o uso diário de maconha pode, no longo prazo, “empobrecer” o vocabulário na vida adulta. Os participantes foram acompanhados por até 25 anos. Eles tiveram de responder a testes cognitivos que avaliaram memória, foco e habilidade para tomar decisões rápidas. Não foram observadas outras alterações significativas, além da dificuldade para recordar palavras. A pesquisa, realizada pela Universidade de Lausanne, na Suíça, investigou quase 3.500 pessoas que começaram a usar maconha no início da vida adulta.
À medida que mais leis, mundo afora, flexibilizam a posse e o consumo recreativo, será importante medir, no longo prazo, os impactos que o eventual uso contínuo da maconha pode ter na capacidade cognitiva. Essas informações são particularmente importantes para os adolescentes. Eles estão em processo acelerado de formação de suas conexões neuronais. Com esses dados em mãos, médicos e especialistas poderiam, em tese, antecipar problemas e, eventualmente, interferir no padrão de consumo.
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