Especialista fala do perfil das famílias disfuncionais e de como são tratadas em centro da Faculdade de Medicina
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24/10/2018
O Centro de Estudos e Atendimento Relativos ao Abuso Sexual, o Cearas, da Faculdade de Medicina (FM) da USP, presta atendimento em saúde mental a famílias com denúncia judicial de abuso sexual praticado entre seus membros. A família é levada à triagem e avaliada para encaminhamento. O atendimento é feito a partir de denúncia e processo judicial referente a abuso sexual intrafamiliar, com encaminhamento de setor técnico ou do juiz responsável pelo caso. Em entrevista ao Jornal da USP no Ar, Claudio Cohen, psiquiatra, psicanalista e coordenador do Cearas, falou sobre o serviço prestado.
Ele explica que a principal característica do centro é trabalhar justiça e saúde em conjunto. Isso porque casos de abuso na família são entendidos como uma questão jurídica e de saúde mental. Segundo o doutor, os casos são de famílias “disfuncionais”, ou seja, que não aprenderam a respeitar as “funções familiares”, o que não é uma questão de gênero ou genética. Por exemplo, a filha que tem relações sexuais com o pai pode passar a ter “função” de mãe, e a mãe perde sua função. Já foram atendidas 380 famílias em 25 anos, que recebem terapia familiar durante o período de um ano e meio. Para Cohen, a questão não é reestruturar a família, mas, sim, estruturá-la. Em 60% dos casos, alguma pessoa da família já tinha sofrido abuso na infância.
Ele explica que a principal característica do centro é trabalhar justiça e saúde em conjunto. Isso porque casos de abuso na família são entendidos como uma questão jurídica e de saúde mental. Segundo o doutor, os casos são de famílias “disfuncionais”, ou seja, que não aprenderam a respeitar as “funções familiares”, o que não é uma questão de gênero ou genética. Por exemplo, a filha que tem relações sexuais com o pai pode passar a ter “função” de mãe, e a mãe perde sua função. Já foram atendidas 380 famílias em 25 anos, que recebem terapia familiar durante o período de um ano e meio. Para Cohen, a questão não é reestruturar a família, mas, sim, estruturá-la. Em 60% dos casos, alguma pessoa da família já tinha sofrido abuso na infância.
Sobre o perfil dessas famílias, o especialista explica que a questão do incesto é democrática, não tem nível cultural nem econômico para acontecer. O que difere é a forma como se lida com o acontecimento, pois pessoas com maior poder aquisitivo têm condições de sair do País e ignorar o caso de abuso.
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