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sábado, 5 de janeiro de 2019

Como combater o machismo na publicidade em 10 passos


Machismo (Foto: Reprodução / Instagram)
O Wired Festival Brasil discute o futuro da comunicação, e nós ajudamos a refletir também!

27/11/2018 -  por REDAÇÃO GLAMOUR
Já reparou como ainda há indícios de machismo no mercado de publicidade? Seja na representação da figura feminina em algumas campanhas ou no posicionamento das funcionárias dentro das agências, parece que ainda vivemos em tempos de Mad Men (série que alçou Don Draper à fama) por aqui.

Segundo Maria Guimarães – que, ao lado da sócia Thaís Fabris, fundou a 65/10, consultoria criativa especializada em mulheres – eis alguns indicadores: “65% das brasileiras não se identifica com a forma como são retratadas na publicidade, há uma distância entre o que as marcas mostram e como essas mulheres são. Além disso, vemos diversas campanhas machistas no ar e que exploram o corpo da mulher como objeto. Dentro das agências, vemos que apenas 2% dos diretores de criação no Brasil são mulheres, por exemplo. E a própria área de criação, que é onde mora o poder dentro das agências, é um tanto quanto fechada à elas, pois estima-se que só há cerca de 10% e 20% de mulheres nessa área. E quando chegam lá, elas ganham menos que os homens”.
Maria  (Foto: Reprodução / Instagram)
Maria é uma das palestrantes do Wired Festival Brasil – que acontece no dia 30 de novembro, na Casa França-Brasil e Centro Cultural Correios, no Rio de Janeiro. Sua empresa de consultoria 65/10 estuda as mudanças no comportamento das mulheres, as demandas dos movimentos sociais e traduz tudo para o mundo corporativo. A partir daí, ajuda empresas a gerarem soluções melhores para as mulheres e, em três anos, já trabalhou com marcas globais como Unilever, Nestlé, Facebook, Itaú e Ambev.
Quer saber como evitar o machismo, seja você mulher ou homem? “Para os homens, recomendo ler mais sobre mulheres, conversar com mulheres e entender os estereótipos que eles reproduzem na vida e nas campanhas. É importante refletir sobre essas fórmulas prontas porque elas não são nem criativas, nem lucrativas. Para as mulheres, sugiro conversar com suas amigas, formar grupos com outras mulheres dentro das agências para que juntas elas consigam pressionar por melhorias. Se você se sentir segura, denuncie. Procure ajuda de coletivos feministas e conselhos de advogadas também”, lista Maria.
Confira, abaixo, 10 dicas para praticar já!
1. Contrate mais mulheres para a criação.
2. Se você trabalha em uma marca: exija mulheres nas equipes da sua agência.
3. Batalhe por mais mulheres em cargos de poder tanto nas agências, quanto nas marcas.
4. Pesquise melhor seu público para fugir dos estereótipos.
5. Estereotipar é o jeito mais nocivo e menos criativo de representar um público.
6. Quanto mais diversas as equipes, melhores os resultados sociais e de negócios também: mulheres negras, mulheres periféricas, mulheres LGBT precisam ser incluídas.
7. Não seja omisso a casos de assédio e machismo em geral. Ao se sentir segura, denuncie.
8. Leia, converse e troque ideias com mulheres. Empatia é um santo remédio para nossa sociedade.
9. Não existe um jeito de ser mulher, existem vários: respeite todos.
10. Dinheiro é poder: não pague menos para mulheres.

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