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quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

[Melhor livro de 2018] Superproteção das novas gerações: o que estamos fazendo com os jovens?

A superproteção da mente americana (foto: Andrew B. Myers / The Atlantic)
18.12.2018
O debate sobre liberdade nas instituições de ensino aumenta mundo afora. Não, não estamos falando sobre questões partidárias, tampouco políticas no sentido geral. 
Desta vez, a reflexão é sobre algo muito mais complexo e profundo: é sobre Educação, aquela que tinha como missão a formação de indivíduos autônomos e capazes de pensamento crítico. 

Em 2007, o psicanalista belga Jean Pierre Lebrun esteve no Fronteiras do Pensamento para alertar pais e professores sobre a importância de ensinarem os jovens a falhar. Este é o tema da entrevista mais lida e compartilhada do projeto. 
Em 2015, a The Atlantic publicou um artigo que ia no mesmo sentido. The Coddling of the American Mind [A Superproteção da Mente Americana] se tornou um dos cinco textos mais lidos na história da revista. Escrito por um psicólogo e um advogado, o texto amplia o debate sobre a fragilidade dos jovens e compila incontáveis situações reais que, até poucos anos, pareceriam surreais. 
A premissa básica de The Coddling of the American Mind é que distorcemos completamente a ideia de educação. Os princípios e valores que nortearam os grandes filósofos (de Buda a Marco Aurélio) foram simplesmente invertidos. São estas Grandes Inverdades, nos termos dos autores, que estamos ensinando aos jovens atuais. 
Ou seja, estamos ensinando sofrimento e ignorância às novas gerações. O preço disso é uma geração frágil e vulnerável, incapaz de dissociar razão e emoção. Incapaz de pensamento. 


O artigo original, da The Atlantic, deu origem ao livro The Coddling of the American Mind: How Good Intentions and Bad Ideas Are Setting Up a Generation for Failure, eleito como melhor livro de 2018 pela Bloomberg

Greg Lukianoff e Jonathan Haidt são os autores tanto do artigo quanto da obra. Greg Lukianoff é advogado e presidente da Foundation for Individual Rights in Education (FIRE). A ONG foi fundada em 1999 e luta pela liberdade civil nas instituições de ensino superior norte-americanas. 
Jonathan Haidt é psicólogo e professor universitário, autor de livros que dissolvem as fronteiras entre psicologia e filosofia. Especialista em Psicologia da Moral e Emoções Morais, entrou nas listas de principais pensadores globais da Foreign Policy e da Prospect. 
As três Grandes Inverdades
Estas são as Grandes Inverdades que estaríamos ensinando aos jovens, segundo os autores expõem no livro:
1 – A inverdade da fragilidade
“Aquilo que não te mata te enfraquece” (evite a dor, a luta, os desafios e os conflitos).
2 – A inverdade do raciocínio emocional
“Sempre confie em seus sentimentos” (evite a capacidade de discernimento).
3 – A inverdade do nós x eles
“A vida é uma batalha entre bons e maus” (evite a compreensão da complexidade humana).
O resultado destes graves equívocos é a incapacidade de buscar conhecimento. Esta educação invertida, alertam os Lukianoff e Haidt, pode ser mais claramente percebida na Academia, mas inicia já na primeira infância. O que temos então? Jovens sofrendo de ansiedade, fragilidade, depressão, ódio, raiva, incapacidade de se relacionar e de compreender a vida.

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