Banco só vai realizar o lançamento de ações de empresas que tenham representantes "diversos" em conselhos de administração.
24/01/2020
By Equipe HuffPost
O presidente do Goldman Sachs, David Solomon, disse nesta quinta-feira (23) que, a partir de julho, o banco só vai auxiliar empresas no lançamento de ações para o mercado que tenham ao menos um integrante que pertence a grupos minoritários em seu conselho de administração e cargos de liderança.
Solomon, em entrevista à CNBC durante o Fórum Econômico Mundial de Davos afirmou que o foco são mulheres. “Não vamos abrir o capital de uma empresa a menos que haja um candidato diverso ao conselho com foco em mulheres”, disse.
Solomon, em entrevista à CNBC durante o Fórum Econômico Mundial de Davos afirmou que o foco são mulheres. “Não vamos abrir o capital de uma empresa a menos que haja um candidato diverso ao conselho com foco em mulheres”, disse.
A ação é conhecida como “IPO”, sigla em inglês usada pelo mercado financeiro para sinalizar abertura e oferta inicial de capital na Bolsa de Valores de novas empresa. “Podemos até perder alguns negócios. Mas no longo prazo acho que esse é o melhor conselho para as companhias que querem dar alto retorno a seus acionistas.”
Nos últimos quatro anos, a performance de empresas nos Estados Unidos que tinham mulheres no conselho foi consideravelmente melhor do que as que tinham apenas homens, pontuou Solomon, ao justificar a decisão.
No momento, a exigência será apenas um integrante. Mas a partir de 2021, o banco vai exigir que as empresas tenham pelo menos dois conselheiros de grupos diversos para ajudá-las a fazer sua estreia no mercado acionário tantos nos Estados Unidos, quanto na Europa.
A decisão está sendo considerada um passo à frente no mercado financeiro, já que a sub-representação de mulheres, LGBTs e negros nesta área chega a ser maior do que em outras, por ser um ambiente conhecido pela competitividade e por ser formado majoritariamente por profissionais do sexo masculino.
O The New York Post informa que a nova política irá priorizar não só mulheres, mas “grupos sub-representados em vários critérios, incluindo gênero, raça, etnia, orientação sexual ou identidade de gênero”.
Atualmente, segundo a Exame, dentre os 11 conselheiros do banco norte-americano, quatro são mulheres. Enquanto isso, no Brasil, a executiva Maria da Silva Bastos deixou o comando executivo da subsidiária em 2019, para assumir a presidência do conselho consultivo da empresa no Pais.
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