Publicado em 04/09/2015
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) estima que pelo menos um quarto das centenas de milhares de pessoas que procuraram refúgio na Europa são crianças, muitas fugindo do conflito na Síria.
Com a imagem “de partir o coração” de um menino refugiado afogado em uma praia na Turquia sendo compartilhada em redes sociais pelo mundo inteiro, junto com as imagens igualmente dolorosas de crianças sufocadas deitadas na traseira de caminhões que atravessam as fronteiras e sendo passadas por cercas de arame farpado por pais desesperados, o diretor executivo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Anthony Lake, fez nesta quinta-feira (03) um forte apelo por medidas que protejam crianças migrantes e refugiadas.
“Não é suficiente que o mundo fique chocado por estas imagens. O choque deve ser acompanhado por ação”, declarou o chefe do UNICEF. O Fundo estima que pelo menos um quarto das centenas de milhares de pessoas que procuraram refúgio na Europa são crianças, muitas fugindo do conflito na Síria. “Nossos corações estão com as famílias que perderam filhos no mar, nas margens e ao longo das estradas da Europa”, afirmou Lake.
O UNICEF estima que cerca de 2.500 pessoas morreram ou desapareceram este ano ao tentar a travessia para a Europa.
Lake defendeu que todas as decisões relativas às crianças migrantes e a crise de refugiados na Europa sejam guiadas pelos melhores interesses das crianças envolvidas, e que medidas sejam tomadas para garantir que elas recebam os cuidados adequados de saúde, alimentação, apoio emocional, educação, abrigo e proteção.
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