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domingo, 23 de novembro de 2014

Violência obstétrica: SP vai ter que custear cirurgia de reconstrução


 

Mulher de Registro, no Vale do Ribeira, teve um corte mal realizado na região genital, durante um parto em 2012, e agora sofre desconforto e constrangimentos; Justiça determinou que estado e município terão que pagar operação 
Por intermédio da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, uma mulher de Registro, no Vale do Ribeira, fará uma cirurgia de reconstrução genital custeada pelo Governo Estadual e pela prefeitura de sua cidade. 
A Justiça entendeu, ao dar a decisão liminar, que ela foi vítima de violência obstétrica, isto é, quando há o tratamento, por parte dos profissionais de saúde, desumanizado nos procedimentos ou durante o parto. A violência obstétrica é caracterizada também pela apropriação do corpo sem consentimento da vítima, abuso da medicalização e patologização dos processos naturais. 
No caso da mulher de Registro, houve um corte desnecessário em sua região genital. Ela entrou em trabalho de parto em agosto de 2012 e foi atendida no Hospital São João. No momento do procedimento, o médico, a princípio, tentou realizar o parto normal. Sem sucesso, decidiu fazer o corte que, na medicina, é chamado de episiotomia. O profissional entendeu que o bebê já estava “encaixado” e que não havia mais tempo para fazer uma cesariana. 
Poucos dias após o parto os pontos dados para reconstruir o corte se romperam e a mulher teve que voltar ao hospital, onde foi detectada uma infecção avançada e recomendada uma cirurgia. Como não possui plano de saúde, a vítima até hoje não conseguiu realizar o procedimento. Além da infecção, a mulher convive hoje, graças ao corte mal realizado, com evacuação involuntária, o que a impede de trabalhar e lhe traz problemas na vida íntima e sexual. 
Além da cirurgia a ser custeada pelo poder público, a Defensoria pediu à Justiça que a mulher receba 200 salários mínimos pelos danos morais. 

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