Publicado em 14/11/2014
A violência de gênero está presente em ações como o incesto, os casamentos forçados e precoces, as agressões domésticas, o assédio sexual em público ou no trabalho e o estupro de mulheres e meninas.
Cena de uma série de TV sobre violência doméstica no Afeganistão. Foto: ONU/Jawad Jalali |
A relatora especial das Nações Unidas sobre a violência contra as mulheres, Rashida Manjoo, instou o governo do Afeganistão e a comunidade internacional a adotar medidas sustentáveis para lidar com as causas e as consequências da violência de gênero no país.
Em sua visita oficial ao Afeganistão, a relatora alertou que a violência contra as mulheres no país continua a ser fonte de profunda preocupação nas esferas pública e privada, apesar dos desenvolvimentos legislativos e institucionais já obtidos em meio ao contexto de insegurança que atravessa a nação afegã. Dentre os crimes contra as mulheres, incluem-se ações de violência como o incesto, os casamentos forçados e precoces, a violência doméstica, o assédio sexual em ambientes públicos ou de trabalho e o estupro de mulheres e meninas.
Para contribuir na amenização do problema, é necessário que o governo, as organizações da sociedade civil, as instituições estatais independentes e a comunidade internacional priorizem a responsabilização por todos os crimes cometidos contra mulheres e meninas, o empoderamento feminino e a transformação da sociedade.
Além disso, é frequente a dificuldade feminina no acesso à justiça, tanto no sistema jurídico formal quanto em fóruns de disputas informais. Muitas mulheres não denunciam esses crimes por fatores como a falta de informações corretas sobre a lei, o medo de represálias e restrições financeiras.
Nações Unidas
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