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quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Após matar marido agressor, mulher recebe perdão do presidente francês

AFP

28.12.16

O presidente francês, François Hollande, perdoou nesta quarta-feira (28) Jacqueline Sauvage, que matou seu marido agressor e se tornou símbolo do sofrimento das vítimas de violência doméstica.

Hollande considerou que “o lugar da sra. Sauvage não é mais na prisão, mas sim ao lado de sua família”, de acordo com nota divulgada pelo gabinete presidencial.

Jacqueline Sauvage será solta esta noite da prisão no sudeste de Paris, onde cumpria pena de dez anos pela morte do marido, segundo promotores locais.

Sua filha, Carole Marot, contou à Rádio Francesa que estava indo encontrar sua mãe na prisão.

“Estou chorando. Isso que está acontecendo é maravilhoso”, relatou.

“O meu mais sincero agradecimento ao presidente”, falou Marot.

Uma de suas advogadas, Nathalie Tomasini, disse hoje estar “alegre e emocionada” com a atitude de Hollande.

O caso teve grande repercussão na França, com vários altos e baixos desde que Sauvage atirou três vezes nas costas do marido, Norbert Marot, um dia depois de o filho do casal ter-se enforcado em 2012. Em seu testemunho, ela contou ter suportado 47 anos de violência doméstica e sexual.

Suas três filhas prestaram depoimento contra o pai. As três confirmaram que também sofreram violência, sendo, inclusive, estupradas.

Grupos feministas, celebridades e políticos prestaram apoio à Jacqueline, com uma petição que conseguiu quase 436.000 assinaturas.

O presidente francês concedeu perdão parcial à Sauvage em janeiro deste ano por ter matado Marot, um alcoólatra violento.

Com esse gesto, Sauvage recorreu à Justiça para pedir sua saída provisória. Seus esforços foram em vão, porém, depois que uma Corte de Apelações considerou que ela não demonstrou remorso suficiente.

Ela foi declarada culpada pelo assassinato em 2012, um veredicto mantido mesmo após entrar com recurso em 2015.

O poder do presidente francês de comutar, ou indultar, penas de prisão de cidadãos franceses foi inserido na Constituição em 1958.

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