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domingo, 25 de dezembro de 2016

Maior expedição só de mulheres zarpa para a Antártida

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A maior expedição composta apenas por mulheres, que partiu da Argentina rumo à Antártida, com 76 cientistas a bordo, já está de volta.
Elas partiram no último dia 2, com o objetivo de “promover as mulheres na ciência e destacar o impacto da mudança climática no planeta”, o projeto Homeward Bound espera aumentar a representação das mulheres em trabalhos científicos em todo o mundo. Em janeiro, começam as inscrições para a expedição de 2018.

A cofundadora da iniciativa, Fabian Dattner, disse à Reuters que ela e sua parceira, a médica Jessica Melbourne-Thomas, decidiram lançar o projeto depois de ouvir um grupo de cientistas polares fazer piada, dizendo que os candidatos tinham de ter barba para conseguir um papel de liderança nos trabalhos científicos sobre a Antártida.
“A mensagem do Homeward Bound é a de reunir este grupo de mulheres inteligentes e capazes que não são vistas, não são reconhecidas e, em grande parte, de certa forma são colocadas de lado”, Dattner afirmou à Reuters.
Ela acrescentou que muitas cientistas na expedição já enfrentaram assédio sexual, discriminação e misoginia em suas carreiras.
Cada uma das 76 mulheres foram selecionadas de um grupo de mais de mil candidatas, todas com relevante experiência científica, e sua missão foi observar o efeito da mudança climática na Antártida durante a expedição de 20 dias.
Palestras, workshops de liderança e oportunidades de networking também foram realizados enquanto as cientistas estiveram em alto mar.

As expedições que o Homeward Bound planeja realizar devem ter duração de um ano, mas o programa inaugural — que focou na liderança das mulheres e atual condição do planeta — teve início em 2 de dezembro e foi encerrado no dia 21, segundo o site do projeto.
“Estamos perdendo metade da voz na mesa de liderança”, disse a cofundadora Melbourne-Thomas à BBC. “Por várias razões, pode ser difícil para as mulheres conseguirem ir à Antártida ou ao Ártico. O Homeward Bound surgiu a partir de discussões sobre esta questão... e a falta de representação das mulheres na ciência.”
"Existe uma profunda e primitiva reação aos símbolos entre os seres humanos de todas as nações, grandes símbolos de qualquer maneira. De certa forma, eles são universais, antigos, duradouros. São versáteis, repetitivos. Eles contam uma história cultural e nos contam sobre nossas conexões. Elmwood Brand Design, uma das maiores empresas mundiais de marcas, doou seu tempo para o Homeward Bound porque eles acreditam profundamente em nossa principal proposta— mil mulheres com formação científica recebendo apoio para que ocupem seu espaço na mesa de liderança, influenciando decisões ao divulgar políticas e cuidar de nosso mundo. Eles criaram um logotipo que vai de encontro ao que defendemos. Este logo é uma desconstrução de símbolos antigos para homens e mulheres, é um beijo e um abraço, é um ‘X’ que marca o lugar. É único, desenhado à mão, uma imagem que todos podem recriar, e cada imagem é uma expressão da pessoa que a criou, homem ou mulher. E por que ‘a mãe natureza precisa de suas filhas’? Bem, agora, se você precisar que eu explique isso, ele [o símbolo] diz tudo. Com carinho, Fabian."
Cada participante pagou por sua viagem e acomodação, e a expedição foi financiada com fundos privados. Melbourne-Thomas explicou que a expedição partiu da Argentina porque, para sair a partir do estado australiano da Tasmânia, não seria possível sem financiamento do governo.
A viagem é particularmente importante considerando que as mulheres representam apenas 28% dos pesquisadores mundiais e são especialmente sub-representadas em cargos de alto escalão, segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
“A mãe natureza precisa de suas filhas”, disse Dattner.
Não poderia haver uma afirmação mais verdadeira. As inscrições para a expedição de 2018 podem realizadas a partir de 17 de janeiro de 2017 e, de acordo com o site do projeto, centenas de mulheres já estão na lista de espera.
Que tal o projeto para empoderar as mulheres?
Este artigo foi originalmente publicado pelo HuffPost US e traduzido do inglês.

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