Especialistas em direitos humanos da ONU fizeram na quarta-feira (12) um novo apelo ao governo nigeriano, pedindo medidas urgentes para resgatar 195 meninas sequestradas há três anos pelo Boko Haram na cidade de Chibok, no nordeste da Nigéria.
Especialistas em direitos humanos da ONU fizeram na quarta-feira (12) um novo apelo ao governo nigeriano, pedindo medidas urgentes para resgatar 195 meninas sequestradas há três anos pelo Boko Haram na cidade de Chibok, no nordeste da Nigéria.
Essas meninas faziam parte de um grupo de 276 estudantes sequestradas pelo grupo armado de uma escola no nordeste do país africano. Em outubro de 2016, 21 meninas foram liberadas.
“É profundamente chocante que três anos após esse ato deplorável e devastador de violência, várias meninas ainda permaneçam desaparecidas”, disseram os especialistas, que visitaram a Nigéria no ano passado.
“À medida que mais tempo se passa, existe o risco de que o destino das meninas seja esquecido. Não podemos permitir que isso aconteça. Além das autoridades nigerianas, a comunidade internacional também precisa agir para que possamos encontrá-las e resgatá-las”, acrescentaram.
Os especialistas lembraram ainda que as meninas sequestradas em Chibok não são as únicas que sofreram com o Boko Haram. Segundo relatório produzido pelos relatores após visita ao país, é provável que muitas mulheres e crianças tenham sido raptadas pelo grupo desde 2012.
“É também vital recordar que a liberação é apenas o primeiro passo. A reabilitação e a reintegração não é fácil e devemos garantir que todos os resgatados recebam o apoio necessário. Isso deve incluir o trabalho com as comunidades e o acesso à Justiça”, frisaram.
“Uma abordagem abrangente para enfrentar os desafios no nordeste da Nigéria seria uma oportunidade não só para reintegrar as mulheres e crianças afetadas pelo Boko Haram, mas também para fortalecer os setores de saúde e educação que são cruciais para a paz, para a segurança e para o desenvolvimento sustentável na Nigéria”, concluíram.
Os especialistas que assinaram o apelo são: a relatora especial da ONU sobre comércio de crianças, Maud de Boer-Buquicchio; a relatora sobre formas contemporâneas de escravidão, Urmila Bhoola; sobre o direito à saúde, Dainius Pūras; sobre o tráfico de pessoas, Maria Grazia Giammarinaro; sobre a violência contra as mulheres, Dubravka Simonovic; e a presidente-relatora do Grupo de Trabalho sobre a questão da discriminação contra as mulheres na lei e na prática; Alda Facio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário