19/04/2017
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Patrizia Panico, a primeira mulher a treinar uma seleção italiana de futebol masculino, pediu que seja valorizada “a competência profissional, independentemente do sexo” e indicou que seria “fantástico” se “muitas mulheres seguissem seu exemplo”.
Em uma entrevista publicada nesta terça-feira ao site da Fifa, Panico desejou que suas duas primeiras partidas como treinadora da seleção masculina sub-16, perante a Alemanha nos dias 22 e 24 de março, “tenham sido somente o começo”.
“Foi assustador o interesse midiático que tudo isto criou. Mas eu espero que ter treinadoras no futebol masculino seja visto muito em breve como algo normal. E não porque nós somos melhores treinadoras, senão porque o que conta é a competência profissional, independentemente do sexo”, disse.
Patrizia Panico, a jogadora italiana com mais partidas internacionais com a seleção de seu país, explicou que “aos rapazes, somente interessa a competência profissional”.
“Eles gostam de treinar bem e gostam que seus técnicos sejam exigentes. Sem dúvida, eu não notei nenhuma diferença por ser mulher”, disse.
A máxima artilheira histórica da seleção italiana afirmou também que “a Patrizia treinadora é muito diferente da Patrizia jogadora”.
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“No banco, tenho sido mais racional. Tento lidar com as situações com previsão e examinar as coisas constantemente em sua totalidade. Quando se é jogadora, há muitos momentos nos quais nos centramos mais em nós mesmos e somos um pouco mais egoístas”, confessou. Admiradora de Carlo Ancelotti, Diego Pablo Simeone e Silvia Neid, a italiana se mostrou partidária de um futebol ofensivo.
“Minha equipe deve saber gerar ocasiões de gol em cada partida ou, pelo menos, provocá-las. Meu modo de conseguir isso é mediante um estilo de jogo agressivo, vertical e rápido. Queremos evitar deslocamentos horizontais desnecessários. Nosso objetivo é pressionar constantemente o rival e, quando perdemos a bola, recuperá-la com a máxima intensidade”, comentou.
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