No universo dominado por homens as mulheres ainda são discriminadas nas empresas de tecnologia
17 abr, 2017
O Uber está sendo investigado em razão da denúncia de um ex-funcionário, segundo a qual a startup não promove mulheres competentes e não dá atenção às queixas de assédio sexual. Mas esse tratamento discriminatório dado às mulheres não se limita ao Uber. O Departamento de Trabalho dos EUA acusou o Google de pagar salários inferiores às mulheres com funções semelhantes às dos homens.
Uma pesquisa realizada com 210 mulheres no Vale do Silício revelou que 60% tinham sido vítimas de assédio sexual e que dois terços se sentiam excluídas de importantes oportunidades de contatos sociais e profissionais. De acordo com a empresa de pesquisa PayScale, só 21% dos executivos do setor de tecnologia nos EUA são do sexo feminino, em comparação com 36% em outros segmentos empresariais.
Os investidores de capital de risco são os semideuses do setor de tecnologia. Os cheques, conexões e conselhos desse grupo ao qual poucas mulheres têm acesso definem o sucesso ou o fracasso das startups. Hoje, só 6% dos sócios de empresas de capital de risco são mulheres, uma proporção inferior aos 10% em 1999. Menos de 40% das 100 maiores empresas de capital de risco têm uma mulher encarregada da área de investimento.
Muitos estudos mostram que equipes diversificadas são mais produtivas. Os investidores de capital de risco desempenham um papel vital na formação da cultura das startups. Os investidores que valorizam a diversidade de gênero têm mais chances de evitar que as startups corram o risco de terem problemas jurídicos ou de má reputação decorrentes de uma cultura machista.
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