Mulheres organizam paralisação em protesto contra a indiferença do governo de Andrés Manuel López Obrador diante dos assassinatos em série no país
Num domingo, dia 9 de fevereiro, a polícia da Cidade do México recebeu um alerta sobre “uma agressão contra uma mulher” em Gustavo A. Madero, um bairro de classe média baixa na capital. Chegando ao local, os agentes encontraram a cena do horror: Ingrid Escamilla, de 25 anos, havia sido morta a facadas, teve o corpo mutilado e parte da pele arrancada pelo seu companheiro Francisco Robledo, de 46 anos. Mas não era horror o bastante para o tabloide Pasala, que no dia seguinte estampou em sua capa fotos do corpo de Ingrid com a absurda legenda: “a culpa foi do cupido”.
O feminicídio é uma epidemia no México. E para quem ainda não entendeu, feminicídio não é apenas o assassinato de uma mulher. É o assassinato de uma mulher motivado pelo fato de a vítima ser mulher. É um homicídio agravado. Mas ser chamado pelo que é – feminicídio – dá nome ao problema, um primeiro passado para cobrar sua solução.
O feminicídio é uma epidemia no México. E para quem ainda não entendeu, feminicídio não é apenas o assassinato de uma mulher. É o assassinato de uma mulher motivado pelo fato de a vítima ser mulher. É um homicídio agravado. Mas ser chamado pelo que é – feminicídio – dá nome ao problema, um primeiro passado para cobrar sua solução.
A cada dia, dez mulheres são vítimas fatais da violência de gênero no México. E 90% dos casos terminam impunes. Sem uma resposta contundente do presidente Andrés Manuel López Obrador, o AMLO, mulheres armaram um protesto em frente ao Palácio Nacional e pintaram a porta do edifício com a frase “presidente indiferente!” e “Estado feminicida”.
No mesmo dia, porém, AMLO insistiu em colocar o problema do feminicídio dentro de um contexto geral de pobreza, desigualdade e corrupção. “Hay que proteger la vida de hombres y mujeres”, disse na sua coletiva de imprensa diária. Dias antes, em uma conferência em que anunciava o leilão do avião presidencial, AMLO se recusou a responder a outra pergunta sobre o tema: “Não quero que os feminicídios ofusquem o leilão”.
Mas a tentativa de AMLO de silenciar o problema fingindo que ele não existe não deu certo. Dias depois, o corpo de Fátima Cecilia AldrighettAntón, de sete anos, foi encontrado sem roupas dentro de um saco plástico com sinais de violência sexual. Ela desaparecera quatro dias antes, na frente da escola onde estudava, no bairro de Xochimilco, também na Cidade do México, enquanto esperava pela mãe.
A sequestradora de Fátima era conhecida da família e cometeu o crime a pedido do marido, que ameaçou violar as próprias filhas se a mulher não encontrasse outra jovem para ele. A família de Fátima culpa não só a escola municipal, que deixou a menina sair com um desconhecido, como também a polícia, que só quis investigar o caso passadas 48 horas do desaparecimento.
Cobrado novamente, AMLO pediu que as feministas “não pintassem as portas do Palácio” novamente. O pedido enfureceu ainda mais os mexicanos. O presidente tem sido mais do que ineficaz em apresentar um plano para combater a violência endêmica no México. Seu primeiro ano como presidente foi o mais letal da história mexicana: 35.588 mortos em um país de 120 milhões de pessoas.
Incapaz de admitir a gravidade da situação e ainda menos de oferecer uma solução, AMLO enfrentará, no próximo dia 9, uma greve nacional de mulheres. “Sem meninas nas escolas. Sem professoras. Sem mulheres nas ruas. Não vá ao trabalho. Não vá ao supermercado. Não saia nem na esquina”, diz um dos cartazes.
A primeira-dama, Beatriz Gutiérrez, chegou a anunciar que iria participar. Mas depois que AMLO disse que “a mão negra” dos conservadores estava por trás da convocatória, ela voltou atrás e passou a pedir que as mulheres desistissem da greve. Mas o protesto já parece irrefreável. Até uma das jornalistas televisivas mais conhecidas do país, Carmen Aristegui, anunciou que não apresentará seu jornal no dia 9. Nas redes sociais, a greve está sendo convocada com ashashtags #UnDíaSinNosotrase #UnDíaSinMujeres.
Como a greve está sendo convocada para o dia seguinte ao Dia Internacional da Mulher, o presidente que se faz de surdo aos apelos das mulheres não conseguirá ignorar o barulho de todas elas juntas nas ruas, no dia 8, e a ressaca de um amanhã sem nenhuma delas a vista. O silêncio promete ser estrondoso.
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