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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012


O CORPO FALA

MAS NINGUÉM SABE O QUE ELE QUER DIZER

NÃO VAI CONTRATAR SÓ PORQUE
ELE É UM POUCO EXPRESSIVO?

(FOTO: GETTY IMAGES)
Na última década, a leitura facial e corporal tornou-se uma febre. O sistema criado pelo psicólogo Paul Ekman, que categoriza 10 mil microexpressões faciais, foi adotado no treinamento da polícia americana.

Grandes empresas investiram em seminários sobre essas técnicas, para aplicá-las em negociações e contratações.

O próprio Ekman tornou-se uma celebridade (inspirou o personagem principal do seriado televisivo Lie to Me – Engana-me se Puder).

Mas condenações erradas na Justiça e o mau uso das microexpressões por recrutadores em entrevistas põem em dúvida a técnica. “Tanto amadores quanto profissionais superestimaram a sua habilidade em detectar o que é verdade e o que é mentira num interrogatório”, diz a psicóloga Bella DePaulo, coautora do livro Is Anyone Really Good at Detecting Lies? (“Alguém é bom mesmo em detectar mentiras?”).

“Não dá para saber se uma pessoa está mentindo numa situação de extremo estresse”, escreveram os psicólogos Saul Kassin e Christina T. Fong, do Williams College, na revista Law and Human Behavior. Pesquisas mostram que a detecção da mentira por teste facial tem eficácia pouca coisa maior que um cara ou coroa. Para piorar, a autoconfiança engana o especialista. “Muitas vezes, ele julga provas a partir da análise subjetiva das microexpressões, e não o contrário”, diz Bella. O trabalho do doutor Ekman renovou a investigação psicológica. Mas, como toda ferramenta, seu uso deve ser feito com cautela.

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