Os idosos, os jovens e a Aids
Para o ano de 2013, que se inicia dentro de três dias, os votos são para que os idosos assumam a sua sexualidade com os mesmos cuidados com que os jovens o fazem atualmente: usando camisinha.
Estudo publicado na revista "Brazilian Journal of Infectious Diseases" assinala que a mortalidade por Aids entre idosos é 15% maior do que entre os jovens.
A explicação para a morte desses pacientes, segundo a professora Marise Oliveira Fonseca e colaboradores, é que eles iniciaram o tratamento tarde demais.
Muitos idosos não só desconhecem que estão infectados como também nem chegam a suspeitar que são portadores do vírus HIV.
O estudo analisa estatisticamente quase 550 mil casos de Aids no Brasil, de 1980 a junho de 2009.
Desse total, 90% estavam entre os 18 anos e 59 anos de idade; cerca de 2,5% (13.657) acima dos 60 anos. Entre esse segundo contingente de pacientes, a maior parte recebeu o diagnóstico entre os 60 anos e os 69 anos.
No Brasil, somente a notificação de Aids era obrigatória até este mês. A decisão das autoridades sanitárias para a notificação compulsória, a partir de janeiro, para os infectados pelo HIV, terá os dados mantidos em sigilo. Eles serão usados apenas para fins estatísticos e controle da epidemia.
Essa medida permitirá iniciar precocemente o tratamento, atualmente eficaz, e evitar tanto a morte de jovens quanto a de idosos.
Julio Abramczyk, médico formado pela Escola Paulista de Medicina/Unifesp, faz parte do corpo clínico do Hospital Santa Catarina, onde foi diretor-clínico. Na Folha desde 1960, já publicou mais de 2.500 artigos. http://www1.folha.uol.com.br/colunas/julioabramczyk/1207771-os-idosos-os-jovens-e-a-aids.shtml
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