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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012



É uma das zonas mais perigosas de África, em especial para as mulheres: Na República Democrática do Congo, a violação é uma arma de guerra comum.

O ACNUR, a agência da ONU para os refugiados investiga há algumas semanas relatos de violações no leste do país durante os combates que têm oposto o exército aos rebeldes do grupo M23.

As Nações Unidas confirmaram centenas de estupros, cometidos na maioria pelas forças governamentais, mas aqui os únicos inocentes são as vítimas.

Uma jovem relatou ter sido “intimidada” por homens armados, quando trabalhava na quinta da família. Foi-lhe dado a escolher entre a violação e a morte. Sobreviveu e descobriu algum tempo depois que está grávida.

A ONU instalou uma clínica de campanha junto à cidade de Goma, onde presta assistência às vítimas. Um médico explica que a única coisa que podem fazer é “administrar um tratamento de choque contra o HIV nas 72 horas após os abusos sexuais. As mulheres que apresentam complicações mais graves são enviadas para o hospital”.

Num país que as Nações Unidas classificam de “capital mundial das violações”, a força de manutenção da paz é a maior de todas as missões que a ONU tem no terreno: são mais de 17 mil capacetes azuis.

O campo de refugiados Mugunga III, próximo de Goma, alberga atualmente cerca de 300 000 pessoas que são regularmente acossadas tanto pelo exército como pelos rebeldes.

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