04/04/2017
O Instituto Patrícia Galvão e a Fundação Rosa Luxemburgo lançam o livro Feminicídio #InvisibilidadeMata (saiba como foi o evento de lançamento). A obra debate as características dos feminicídios, denuncia sua perpetuação no Brasil – o quinto país com a maior taxa de assassinatos femininos no mundo – e destaca ainda a urgência do enfrentamento às violências contra as mulheres.
Buscando ampliar este debate urgente e necessário, o livro está disponível também para consultas, compartilhamentos e download na íntegra no link (gratuito):
Livro Feminicídio #InvisibilidadeMata (em pdf)
Sobre o livro
Feminicídio. Nomear o problema é uma forma de visibilizar um cenário grave: o Brasil convive com violências cotidianas contra as mulheres, o que resulta em uma das maiores taxa de assassinatos femininos no mundo. Além de nomear, a definição do problema mostra também que é preciso conhecer melhor sua dimensão e contextos, bem como desnaturalizar concepções e práticas que colaboram para a perpetuação da violência contra as mulheres até o desfecho fatal.
Neste livro estão sintetizadas as principais contribuições e reflexões reunidas no Dossiê Feminicídio – uma plataforma online que reúne vozes de diversas fontes: especialistas, feministas, antirracistas, ativistas que defendem direitos de mulheres lésbicas, bis, travestis e transexuais, além de pesquisas, dados e documentos.
O livro traz também um registro da memória de alguns casos de feminicídio que aconteceram no Brasil, uma forma simbólica de homenagear estas mulheres e também as milhares de vítimas que têm suas identidades diluídas em estatísticas alarmantes. Amanda, Claudia, Eloá, Gerciane, Isamara, Laura, Luana. Mulheres cujas vidas foram interrompidas e que deixaram luto, dor e saudade. Assassinadas por parceiros, ex, agentes do Estado e por toda uma sociedade fundada sobre bases discriminatórias e desigualdades sociais que constroem o desvalor da vida de mulheres.
Este livro reúne, assim, vozes, histórias e memórias que cobram a efetivação de direitos sociais e processos democráticos que garantam uma vida digna, em que a diversidade seja respeitada e valorizada. Vozes que reivindicam uma verdadeira transformação do próprio Estado. Diante do recrudescimento de práticas conservadoras e antidemocráticas no contexto da crise política e econômica que o país atravessa, são vozes urgentes e necessárias – que certamente têm muito a contribuir para reverter este cenário em que a #InvisibilidadeMata. Confira.
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