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segunda-feira, 3 de abril de 2017

Segundo dia do ‘Elas por Elas’ reúne diferentes tipos de mulheres

Luiza Barros - O Globo

RIO - Famosas e anônimas, brancas e negras, jovens e idosas. Com os mais diferentes perfis, diferentes tipos de mulheres passaram pelo último dia do “Elas por Elas”, evento organizado pelo GLOBO, Editora Globo e Globo Condé Nast, no VillageMall, na Barra da Tijuca. Em comum, todas tiveram histórias de superação incríveis e muita esperança por um futuro em que a equidade de gênero seja uma realidade.

— Estou super feliz de estar aqui para esclarecer dúvidas. A palestra foi uma oportunidade de trocar informações. É preciso unir forças para esclarecer e empoderar as mulheres — disse a modelo e empresária Luiza Brunet, que participou da mesa sobre violência contra mulher, ao lado da cineasta Sandra Werneck, da promotora de Justiça Silvia Chakian e da escritora Clara Averbuck.

Uma das mesas mais comentadas foi a que contemplou os desafios das mulheres negras, vítimas de um duplo preconceito por parte da sociedade. A atriz Taís Araújo, a cantora Iza, a youtuber Nathalia Santos, do canal “Como assim cega?”, a ex-consulesa da França, em São Paulo, Alexandra Loras, e a ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Dias de Valois, discutiram por diferentes ângulos a questão de raça e de gênero no Brasil. A jornalista e colunista do GLOBO Flávia Oliveira mediou o debate.

— Temos que enxergar que não precisamos mudar o mundo, e sim mudar de mundo. Estamos inseridos numa dinâmica errada, que vê somente pela perspectiva dos homens. Fiquei feliz de ver que o painel mais cheio era o das mulheres negras. O evento foi plural, necessário e transgressor. Não levamos só queixas, mas também ideias para nos reinventarmos — comentou a ex-consulesa francesa Alexandra Loras.

A ministra Luislinda Dias de Valois também ressaltou a contribuição dos debates do “Elas por Elas” para combater preconceitos.

— As mulheres negras são as que menos têm voz nesse país. A importância do evento é imensurável, porque o diálogo promove um momento de reflexão sobre o assunto — destacou.

Outros dois momentos em que a diversidade deu o tom do evento foram nas mesas sobre a inclusão na moda. As modelos Andreza Aguida, Eliane Medeiros e Fabiana Saba falaram sobre as suas experiências como mulheres que fogem ao padrão de beleza tradicional, enquanto a mesa “Transformação de valores” uniu especialistas e transexuais para abordar os desafios de quem encara a transição de gênero.

O último dia ainda teve direito a muita risada e emoção. Em uma das palestras mais descontraídas, a consultora de moda Costanza Pascolato e a artista plástica Marilu Beer falaram sobre suas trajetórias e como lidam com a idade. As duas arrancaram risadas do público com suas tiradas, ao mesmo tempo em que Costanza comoveu a plateia ao falar sobre as dificuldades que teve com as filhas quando resolveu se divorciar do marido nos anos 1960.

— Tudo isso aconteceu no anos 60. E só agora, este ano, que senti que as minhas filhas estão completamente comigo. Vou chorar agora — revelou Costanza.

Para a CEO das Edições Globo Condé Nast, Daniela Falcão, a emoção foi a tônica do “Elas por Elas” na sexta-feira e ontem.

— As palestrantes foram muito honestas, da Maya Gabeira falando sobre como ela se sentiu quando os homens criticaram a coragem dela à Constanza, sobre como foi difícil abdicar das filhas — afirmou Daniela, que também destacou a diversidade no evento. — Não tem ninguém que não tenha saído daqui sem aprender alguma coisa. Se você é da causa negra, aprendeu um pouco sobre transgênero. Se é uma pessoa focada em mulheres que querem ser CEO, aprendeu sobre violência doméstica. Para mim foi uma aula — avaliou.

O “Elas por Elas” teve patrocínio do VillageMall, parceria da Med-Rio e realização de O GLOBO, “Vogue”, “Glamour”, “Crescer”, “Galileu”, “Marie Claire”, “Época” e “Pequenas Empresas & Grandes Negócios”.


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