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sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Sérgio Guizé lança 'Além do homem', filme sobre identidade brasileira: 'Estão tentando destruir nossa cultura'; VÍDEO

Ator interpreta escritor que faz viagem surreal pelo interior do Brasil em filme que estreia neste final de semana. Ele e Fabrício Boliveira falaram ao G1 sobre o trabalho.

Por Cauê Muraro, G1
29/06/2018


"Acho que isso faz o Brasil ser o Brasil de verdade – a nossa cultura. E como estão tentando destruir isso em todos os sentidos, que é uma forma de deixar de mãos atadas."

No filme "Além do homem", que estreou nesta quinta-feira (28), Sérgio Guizé interpreta um escritor brasileiro que mora em Paris – e que não morre de amores pela terra natal. Mas, para a tristeza do personagem, ele é convencido pelo sogro fazer uma viagem até uma cidadezinha no interior do Brasil.

Ao mostrar esta viagem (que é, de fato, "uma viagem"), o longa de estreia de Willy Biondani discute a identidade e cultura brasileira. E é sobre isso Guizé que Fabrício Bolviera, também no elenco, falaram em entrevista ao G1.

Assista, no vídeo acima, à entrevista com Sérgio Guizé e Fabrício Boliveira.

"Cara, eu só estou feliz aqui no meu país se este brother que é brasileiro também, que trabalhou pra caramba aqui na minha casa ou eu sei do rolê dele estiver feliz também, sabe? Não dá mais pra gente disputar e se odiar, como se tivesse lugar para um só. Tem lugar para todo mundo", diz Boliveira.
Em "Além do homem", o ator da novela "Segundo sol" vive o taxista-guia-turístico Tião.

O próprio Boliveira compara o papel ao Saci e reconhece que ele propõe um jogo quase de sedução com Alberto. Um jogo que parece sexual, mas também passa por interesse que pode ser financeiro ou cultural.

Já o diretor Willy Biondani cita como influências do trabalho a Semana de Arte Moderna de 1922, a Tropicália, cultura pop, arte primitiva e arte indígena.

Filmado em Paris e em Milho Verde (MG), "Além do homem" tem ainda Debora Nascimento, Otavio Augusto, Jai Baptista, Marilyne Fontaine, Stéphan Wojtowicz e Flávia Garrafa.

O desejo pelo outro
Guizé já afirmou que, para fazer o Alberto de "Além do homem", teve de "entender o feminino para se descobrir". No filme, há um momento em que seu personagem aparece usando um vestido. Ele fala agora que isso representa um momento de "rever conceitos mesmo.

"É proibido [homem usar vestido] por quê? O que é que tem ali? Ah é? Ofende a quem? Tudo é lindo e maravilhoso, sacou?", diz Guizé, rindo. "Acho que ele se permitir é a grande virada do personagem."

Já Boliveira comenta o que ele chama de "essa coisa antropofagia, o desejo pelo outro" que marca a relação entre Tião e Alberto. "Isso é sedutor também. Você não sabe descrever como é. É alguém que te olha muito: 'O que você quer? Meu dinheiro, um beijo na boca?'."

Ele lembra de uma festa "inacreditável" à qual foi recentemente.

"[A festa] Junta uma galera hipster com uma galera do funk. Eu tinha desejo por tudo. Era uma coisa muito nova para mim, nunca vi essas tribos juntas, tudo me interessava. De algum jeito aquilo me trazia muito interesse. Negros, muitos negros juntos, foi lindo", conta Boliveira.

Guizé compara a situação ao seu personagem em "Além do homem": "O Alberto tem essa curiosidade completamente, e de como isso vai mudá-lo".

Então resume a relação entre Alberto e Tião: "Acho que é um encontro de dois seres. Não importa o que é que eles vão fazer (risos)".

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