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domingo, 23 de setembro de 2018

Violência contra a mulher e religião: um debate necessário

Por Priscila Kikuchi Campanaro, da Coluna Féministas
21 de setembro de 2018
Desde o ano de 1989 o Grupo de Pesquisa Mandrágora/NETMAL tem desenvolvido pesquisas interdisciplinares na área de gênero e religião. Esse grupo nasceu pela iniciativa de doutorandas e mestrandas que na época, realizavam seus estudos e pesquisas no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Essas pesquisadoras e estudantes eram provenientes de várias regiões do Brasil e da América Latina.
Atualmente o Grupo de Pesquisa Mandrágora/NETMAL, integra mestrandas/os e doutorandas/os do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião (UMESP) com pesquisas voltadas às temáticas das Ciências Sociais, História, Teologia, Teoria Política, Educação, dentre outros temas, analisados a partir da categoria de gênero, além da participação de pessoas interessadas por essa temática de maneira geral.

Nos anos de 2015, 2016 e 2017, o Grupo de Estudos de Gênero e Religião Mandrágora/NETMAL organizou e realizou o Ciclo de Debates sobre Violência de Gênero e Religião. Foram três encontros que reuniram pessoas da academia, lideranças e grupos religiosos distintos e profissionais que trabalham diretamente com serviços de atendimento a mulheres em situação de violência.
O primeiro encontro recebeu profissionais do poder público que atuam especificamente em casos de violência contra as mulheres. Houve uma ampla participação dessas/es profissionais vindas/os de diversas regiões do estado de São Paulo, principalmente da capital paulista, região do grande ABC e interior paulista. O segundo encontro recebeu diversas lideranças de diferentes grupos religiosos, tais como: candomblé, umbanda, catolicismo, protestantismo, pentecostalismo, budismo e espiritismo kardecista.
Nos dois encontros foram abordados aspectos teóricos sobre a questão da violência contra as mulheres e a sua relação com a religião. Também foram realizadas dinâmicas e grupos de trabalho entre os/as participantes, que propiciaram rica reflexão sobre o modo como referenciais de diversos contextos religiosos podem intervir promovendo e/ou contribuir para romper situações de violência.  Seguiu-se debate pertinente sobre as complexidades existentes na acolhida às mulheres em situação de violência.
O terceiro evento reuniu os dois públicos. Profissionais do poder público e lideranças religiosas se uniram para discutir, refletir e pensar conjuntamente ações afirmativas para o enfrentamento da violência contra as mulheres.
Como fruto desses três encontros, nasce a Cartilha Violência doméstica: uma cartilha para mulheres, técnicos e técnicas do poder público e lideranças religiosasO objetivo desse material é ser um instrumento para técnicos e técnicas do poder público, lideranças religiosas e comunidade civil, para o enfrentamento de situações de violência, especialmente quando ela envolve mulheres que participam de algum grupo  religioso.
A cartilha Violência doméstica: uma cartilha para mulheres, técnicos e técnicas do poder público e lideranças religiosas é gratuita e já está disponível online no blog do Mandrágora. Também pode ser acessada pelo site Teoria Feminista.
Além de ser um material que nos permite acessar conhecimentos importantes sobre a relação violência e religião, também se preocupa em apresentar propostas práticas e efetivas para o enfrentamento da violência contra as mulheres tanto no nível subjetivo quanto objetivo.
No dia 25 de setembro de 2018, das 14h às 17h, no auditório do Edifício Capa da Universidade Metodista de São Paulo, na entrada localizada na Rua Planalto, nº 106, Rudge Ramos, São Bernardo do Campo, São Paulo, acontecerá o lançamento oficial dessa cartilha. A participação é gratuita e as inscrições serão realizadas no dia e local do evento, mas solicitamos que se realize a pré-inscrição online aqui. Contamos com a presença e divulgação de todas as pessoas que lutam pelo fim da violência contra as mulheres.

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