TRÁFICO DE MULHERES E MENINAS EM DEBATE NA REGIÃO
Painel
aberto ao público acontece na noite de 21 de fevereiro,
no
auditório do Câmara Municipal de Campinas
O
tráfico humano é a terceira modalidade criminosa mais lucrativa do mundo,
ultrapassada apenas pelo tráfico de armas e de drogas. O lucro anual chega a quase
32 bilhões de dólares, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho
(OIT). Dentre as vítimas, 85% são mulheres, sendo a imensa maioria delas para
fins de exploração sexual. A faixa etária predominante está entre 18 e 29 anos
e adolescentes. Há registro de tráfico de crianças (30% do total), sendo a
maioria do sexo feminino. Também existe o tráfico de homossexuais e travestis
jovens. Além da exploração sexual, estão entre as finalidades o trabalho
análogo à escravidão, adoção ilegal de crianças e adolescentes - que inclui
servidão doméstica - e venda de órgãos. A maioria das pessoas traficadas é
pobre e com baixa escolaridade.
Esses
são apenas alguns dados que comprovam a cruel realidade do tráfico humano, indo
muito além do que é exibido na telinha da TV. E a região apresenta outros fatores
de vulnerabilidade, os quais estarão em debate no Painel aberto ao público,
intitulado Tráfico de Mulheres e Meninas:
educação popular feminista para implementar políticas públicas, a ser
realizado na noite de quinta-feira, 21 de fevereiro, das 19h30 às 22h, no auditório
da Câmara Municipal de Campinas (Av. da Saudade, 1004, Ponte Preta), reunindo
lideranças especializadas na temática e autoridades.
Uma
oficina de educação popular feminista, fechada para 50 lideranças locais previamente
indicadas que atuam em ONGs, órgãos públicos e universidades, com o mesmo
título, será realizada durante todo o dia subsequente, 22/2, no salão de
eventos do Vitória Hotel Residence Newport. Dentre os principais objetivos,
estão: contribuir para o acúmulo de discussão sobre o tema dentro dos
movimentos sociais e na sociedade em geral; refinar a ótica feminista;
contribuir na luta pelo enfrentamento da violência contra a mulher que se
materializa na violência doméstica e sexual, além do tráfico de mulheres;
fortalecer a rede de serviços contra o tráfico humano, formada por atores
governamentais, não governamentais e de universidades; interferir na
implantação e implementação de políticas públicas de prevenção, repressão,
responsabilização e atendimento às vítimas priorizando ações voltadas para os
direitos humanos; aumentar a sensibilidade da mídia e da opinião pública sobre
a gravidade dessas questões, como consequência das desigualdades de gênero.
As iniciativas são uma realização da Associação
Mulheres pela Paz, presidida por Clara Charf, hoje com 92 anos, e dirigida por
Vera Vieira, doutora em Comunicação e Feminismo pela USP/ECA. Contam com o
apoio da Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres do Ministério dos
Direitos Humanos, graças a uma emenda parlamentar da deputada federal Luiza
Erundina. As imprescindíveis parcerias locais são: SOS Ação, Mulher e Família, Associação
de PLPs Cida da Terra de Campinas e Região, Sindicato das(os) Trabalhadoras(es)
Domésticas(os) de Campinas e Região, Coletivo de Mulheres da CUT, Coletivo de
Mulheres Negras Lélia Gonzalez, OAB - Ordem dos Advogados do Brasil - 3a.
Subseção de Campinas, Secretaria Municipal de Assistência Social, Pessoa
com Deficiência e Direitos Humanos, Coordenadoria da Mulher, CEAMO - Centro de
Referência e Apoio à Mulher, Conselho Tutelar e Vereadora Mariana Conti.
O projeto prevê atividades em dez
cidades do estado de São Paulo.
Painel
temático: Tráfico de Mulheres e
Meninas: educação popular feminista para implementar políticas públicas (com
a presença de lideranças especializadas na temática e autoridades).
Dia e horário: dia 21 de fevereiro, quinta-feira, das 19h30 às 22h
Local: Auditório da
Câmara Municipal de Campinas (Av. da Saudade, 1004, Ponte Preta)
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