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sábado, 16 de fevereiro de 2019

Mulheres fotógrafas que usam a arte para reivindicar direitos

por: Mari Dutra
As mulheres estão conquistando cada vez mais espaço em diversas áreas de atuação (felizmente!) e isso se repete quando o assunto é fotografia. Para homenagear estes olhares talentosos que utilizam uma câmera para reivindicar visibilidade e direitos, fizemos uma seleção com 10 mulheres poderosas no campo da fotografia. Entre iniciantes e profissionais renomadas, brasileiras e estrangeiras, cada uma delas soube usar sua arte para promover um mundo mais igualitário para todos.

Zanele Muholi
A fotógrafa sul-africana Zanele Muholi precisava encabeçar essa lista. Ela registra a intimidade de mulheres lésbicas negras na África do Sul, sendo uma das primeiras pessoas a focar sua carreira neste assunto. Embora o casamento gay seja legalizado há anos no país, o preconceito ainda é notório – e as mulheres negras homossexuais sofrem duplamente. Em sua série Faces e fases, a fotógrafa reivindica igualdade e representatividade para estas mulheres.

Marizilda Cruppe

A fotojornalista paulista Marizilda Cruppe foca seu trabalho nas mulheres brasileiras de comunidades indígenas e ribeirinhas que lutam pela preservação da Floresta Amazônica. Em 2016, o projeto que mostra a luta destas mulheres por seus direitos e pelo reconhecimento de sua voz em uma sociedade patriarcal foi agraciado com o Greenpeace Photo Award e ela ganhou uma bolsa da organização para que o projeto pudesse continuar crescendo.

Nikki Silver

Em parceria com a educadora sexual Tina Horn, a fotógrafa Nikki Silver captura imagens de mulheres que decidiram manter seus pelos, mostrando que cada pessoa tem o direito de decidir sobre sua aparência, sem precisar acatar as imposições sociais. O projeto é praticamente um grito de liberdade e mostra que ter pelos pode ser também muito sensual – falamos mais sobre o trabalho da moça aqui.

Fati Abubakar

A fotógrafa Fati Abubakar registra a vida em sua cidade natal pelo direito de manter a normalidade. Ela vive no estado de Borno, na Nigéria, ocupado pelo grupo extremista islâmico Boko Haram. Apesar de conviver com a violência e opressão, Fati mostra que ainda é possível se concentrar no cotidiano e retrata de maneira autêntica o cotidiano na região, longe de estereótipos impostos pelo olhar estrangeiro.

Eylül Aslan

Os cliques da fotógrafa turca Eylül Aslan reivindicam a sexualidade feminina em um país que vem se tornando mais conservador com o passar do tempo, segundo depoimento da própria artista. Em cada imagem, ela celebra de maneira lúdica a liberdade das mulheres, a busca pela identidade através do sexo e sua luta pelo direito a não serem assediadas nas ruas.

Luisa Dale

A fotógrafa brasiliense Luisa Dale decidiu mostrar ao mundo como uma feminista se parece usando fotografias em preto e branco. A ideia do projeto I’m a Feminist (“Eu sou uma Feminista”, em inglês) surgiu depois de ouvir alguém comentar que “feminista é tudo peluda e machão”, como contou ao Follow The Colours. Com uma câmera na mão, ela registrou diversas mulheres que se identificam com o movimento feminista para mostrar que ativismo não tem nada a ver com aparência física.

Elena Anosova

Em sua série Section, a fotógrafa russa Elena Anosova retrata a vida de mulheres em presídios na Sibéria. “No espaço fechado da prisão, uma mulher está sempre na posição de ser observada, privada de qualquer possibilidade física ou imaginária de estar só“, descreve a artista em seu site. É por isso que o objeto de suas fotografias não são apenas as vidas destas mulheres, mas a sua necessidade de isolamento.

Maria Ribeiro

A fotógrafa Maria Ribeiro é responsável pelo inspirador projeto fotográfico Nós, Madalenas. A série de fotos convida mulheres a escrever com batom no próprio corpo uma palavra que represente o feminismo para ela. Todos os retratos são feitos em preto e branco e de forma natural, sem retoques. O projeto que reúne 100 cliques feitos dessa forma já virou livro e conta ainda com um depoimento em primeira pessoa de cada uma das mulheres fotografadas.

Anna Volpi

Falamos aqui sobre o trabalho desta fotógrafa italiana que busca quebrar os tabus em torno da menstruação, ligados também à repressão do desejo e da sexualidade femininos. É expondo este sangue de forma poética em suas fotografias que ela convida ao debate sobre o assunto.

Silvana Andrade e Juliana Rocha

Para essa lista acabar bem, o último item tinha que vir em dose dupla. É o trabalho das fotógrafas Silvana Andrade e Juliana Rocha, que questionam imposições sociais associadas às mulheres na exposição Soror. Os retratos das artistas são um convite à sororidade e ao empoderamento feminino, representando mulheres longe do estereótipo hiperssexualizado com que a mídia trata o corpo feminino.

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