Uma estudante de serviço social e uma camelô voltam aos microfones do Maria pra contar como está a vida em meio à pandemia
11maio2020
Maria de Lourdes e Juliana, pelo traço do ilustrador Caio Borges
Quando Maria de Lourdes participou do primeiro episódio desta temporada do Maria vai com as outras, em fevereiro, um dos compromissos dela era viajar semanalmente para São Paulo para comprar roupas e acessórios para sua barraca de vendas no Centro do Rio de Janeiro. Hoje ela está isolada, em casa, com os filhos.
Na mesma época, em Minas Gerais, Juliana Oliveira cursava o último semestre do curso de Serviço Social. Ela, que esteve no programa em setembro do ano passado, não imaginava que o seu trabalho na secretária de assistência social na cidade de João Monlevade se tornaria mais essencial ainda para as famílias que buscam ajuda. E como não pode seguir as orientações de isolamento, Juliana se preocupa muito com a própria saúde e com a saúde dos pais, que estão no grupo de risco da doença.
Na mesma época, em Minas Gerais, Juliana Oliveira cursava o último semestre do curso de Serviço Social. Ela, que esteve no programa em setembro do ano passado, não imaginava que o seu trabalho na secretária de assistência social na cidade de João Monlevade se tornaria mais essencial ainda para as famílias que buscam ajuda. E como não pode seguir as orientações de isolamento, Juliana se preocupa muito com a própria saúde e com a saúde dos pais, que estão no grupo de risco da doença.
Neste episódio, as duas enviaram seus depoimentos contando como estão vivendo e trabalhando desde que a Covid-19 chegou ao Brasil.
Bloco 1 (02:27)
O trabalho de Juliana num posto da prefeitura para cadastro de famílias em programas de assistência social e vagas de emprego nunca foi tão intenso. Quando ela esteve no Maria, contou entre outras coisas sobre mulheres que não recebiam benefícios importantes para o sustento porque precisavam consultar os companheiros para saber o próprio CPF e até mesmo a data de nascimento. Agora, com a liberação do governo de um auxílio emergencial de 600 reais que obedece a determinados critérios, esse trabalho ganhou outra proporção. E o foco dela tem sido se manter calma e saudável já que ela não pode seguir as orientações de isolamento e ainda cuida da mãe doente.
Bloco 2 (17:56)
Além do trabalho como vendedora ambulante, Maria de Lourdes é conhecida como Maria dos Camelôs pela luta em defesa da classe, por isso, além do cuidado com os filhos, ela está envolvida em vaquinhas online e na coleta de doações para levar dinheiro, alimentos e produtos de limpeza a outros profissionais que não têm outra fonte de renda (o marido dela é funcionário público e segue recebendo salário). Neste depoimento, ela reforça que se o camelô não receber a ajuda do Estado, ele vai preferir voltar para a rua.
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