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terça-feira, 11 de dezembro de 2012



Os direitos das mulheres estão a regredir no Afeganistão. A Missão de Assistência da ONU acusa o governo de Hamid Karzai de não aplicar uma lei de 2009 para pôr fim à violência contra as mulheres. A legislação criminaliza o casamento infantil, o matrimónio forçado, a violação ou a imolação pelo fogo. As mulheres afegãs estão preocupadas com o futuro, sobretudo depois da retirada das tropas da NATO que deverá efetuar-se até ao final de 2014.

Para a diretora da unidade de direitos humanos da missão da ONU, Georgette Gagnon, “é importante sublinhar que a maioria dos incidentes violentos contra as mulheres continua sem ser registada devido a constrangimentos culturais, normas sociais, tabus e práticas ancestrais contra as mulheres. Por outro lado, a insegurança generalizada e a fraqueza do estado de direito tem impedido o acesso das mulheres às instituições da justiça.”

A queda dos talibãs em 2001 trouxe vários direitos formais às mulheres, como o direito de voto ou à educação. Mas as melhorias foram de curta duração.

“A violência contra as mulheres está aumentar. Há situações terríveis na província. As mulheres imolam-se pelo fogo e isto tem de parar. Se isto continuar assim para as mulheres, acredito que depois de 2014 vai ser muito pior” – queixa-se uma residente de Cabul.

“Eu espero que a comunidade internacional olhe com muita atenção para a situação das mulheres afegãs. Temos mulheres educadas que estão a ser fechadas em casa. Eu desejo que essas mulheres que estão a ser fechadas em casa pelos familiares, que são espancadas e torturadas, possam ser salvas” – afirma uma professora.

Na segunda-feira foi assassinada a diretora do departamento dos assuntos das mulheres na província de Laghman. A sua antecessora também tinha sido abatida.

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