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domingo, 2 de dezembro de 2012


Relatório revela que cidades salvadorenhas registram cifras superiores à ‘epidemia’ de mortes violentas de mulheres


Tatiana Félix
Jornalista da Adital
Adital
No marco do Dia Internacional da Eliminação da Violência contra a Mulher, celebrado em 25 de novembro, o Instituto Salvadorenho para o Desenvolvimento da Mulher (ISDEMU) apresentou ontem (26) seu Informe Nacional 2012 Estado e situação da violência contra as mulheres em El Salvador. O estudo reúne dados de janeiro de 2011 até junho de 2012, coletados de instituições governamentais que tratam da questão.
O Informe 2012 afirma que o país avançou no reconhecimento da violência, da desigualdade e da discriminação contra as mulheres, como principais formas de violação dos seus direitos humanos. Apesar disso, cinco departamentos ainda registraram, durante 2011, as taxas mais altas de mortes violentas de mulheres, que ultrapassam a cifra nacional de homicídios femininos (630): La Libertad (92, 14.6%), San Miguel(63, 10%), San Salvador(206, 32.7%), Santa Ana (72, 11.4%) e Sonsonate(58, 9.2%). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), números superiores a 21 mortes violentas por cada 100 mil mulheres, ultrapassam – e muito – o que classificam como epidemia.
Chalatenango e Morazán são, de acordo com o documento, os únicos departamentos que registram taxas de homicídios de mulheres, menores que o considerado como epidemia, com 9 mortes para cada 100 mil mulheres.
"Estes dados são alarmantes, já que revelam que na totalidade do território nacional se registram mortes violentas de mulheres, sendo unicamente dois departamentos os quais não apresentam taxas de epidemia de mortes violentas de mulheres, segundo os critérios da OMS”, alerta o informe, que também destaca que as principais vítimas da violência são mulheres jovens com idade entre 10 e 29 anos.
O Informe Nacional 2012 ressalta que "a violência contra as mulheres tem seu fundamento na desigualdade social de gênero e em outras desigualdades sociais (...) e afeta seriamente suas vidas”, e explica que as causas mais frequentes para o assassinato de mulheres foi denominada como "apropriação masculina”. "Os assassinos têm a tendência a considerar as mulheres como um bem, assumindo o direito a decidir, controlar e dominar sobre suas vidas, corpo, sexualidade e capacidade reprodutiva”, esclarece.
Os principais tipos de violência sofridos pelas mulheres são crimes contra a liberdade sexual, agressões e abusos sexuais, estupros, ameaças, humilhações, culpabilização, entre outros.
O relatório afirma que para reverter essa situação alarmante contra a vida das mulheres, é "imperativo avançar no combate à impunidade e à violência institucional, avançar no reconhecimento das causas e dos efeitos da desigualdade e da violência”. Além disso, o documento cobra do Estado o papel de transformar as instituições e culturas necessárias para garantir uma vida "livre de violência”.
Para mais informações sobre o Instituto Salvadorenho para o Desenvolvimento da Mulher (ISDEMU), acesse: www.isdemu.gob.sv

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