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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Um broto no asfalto

Metrópoles como berlim e nova york já estão cheias de hortas cultivadas por moradores em espaços públicos. A ideia começa a chegar ao Brasil

por Priscilla Santos
Editora Globo
Dedo verde: A jornalista Claudia Visoni cuida da Horta das Corujas,
montada em mutirões (foto: Alexandre Severo)
A história da Horta das Corujas, na Vila Beatriz, zona oeste de São Paulo, representa bem o caráter contemporâneo das iniciativas de agricultura urbana — que se espalharam por cidades como Nova York e Berlim e chegam aos poucos ao Brasil, com projetos em capitais como Curitiba e São Paulo. 

No caso das Corujas, tudo começou com uma comunidade no Facebook, hoje com 1.600 pessoas. 

A ideia, semeada pelas jornalistas Claudia Visoni e Tatiana Achcar, era reunir virtualmente interessados no cultivo de hortas para trocar dicas do dia a dia, como o que fazer para acabar com as pragas do manjericão. Até que em um encontro na casa de Claudia com alguns integrantes dos Hortelões Urbanos, como é chamada a comunidade, um deles soltou: “E aí, vamos ficar só nessa? Quando vamos fazer uma horta coletiva?”.

Começou, aí, a movimentação. Os hortelões escolheram a Praça das Corujas, pediram autorização da prefeitura e começaram o plantio. O primeiro mutirão aconteceu no final de julho, depois vieram mais dois. Sete pessoas se revezam no batente de regas, podas e fertilização. Nos canteiros há tomates, abóboras e berinjelas, além de ervas e temperos. Parte deles é cuidada por alunos de escolas da redondeza.

O envolvimento da comunidade não para aí. Enquanto a GALILEU estava na horta, uma moradora ofereceu mosaicos para enfeitar o espaço e um passeador de cachorros disse poder ajudar a carregar sacos de adubo. “Mais que de plantio, é um experimento sociológico, de se refazer o tecido social do lugar em que vivemos”, diz Claudia.

Iniciativas assim inspiram projetos semelhantes. Na Praça dos Ciclistas, na avenida Paulista, um grupo ocupou um canteiro quase abandonado com ervas e hortaliças. O administrador e ciclista Cláudio Brancher Kerber trabalha nas redondezas e é um dos responsáveis pela rega. “Se precisa de pouca água, uso a da garrafinha que levo na bike. Se não, o estacionamento da frente empresta um balde”, diz Cláudio, que também pega borra de café no Starbucks para adubar as plantas e já planeja uma parceria para aproveitar os palitinhos de madeira usados para mexer o café. “Seriam ótimos para fazer uma cerquinha para a horta.”

http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI324891-18537,00-UM+BROTO+NO+ASFALTO.html

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