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sábado, 19 de janeiro de 2013

Até 53% das latinas já sofreram algum tipo de violência

AFP - Agence France-Presse


Entre 17% e 53% das mulheres em doze países latino-americanos sofreram violência física. Foto: Aizar Raldes/AFP Photo
Entre 17% e 53% das mulheres em doze países
latino-americanos sofreram violência física.
Foto: Aizar Raldes/AFP Photo

Entre 17% e 53% das mulheres em doze países latino-americanos sofreram violência física em algum momento de suas vidas, a maioria das vezes de seu cônjuge ou familiar, segundo um relatório divulgado na quinta-feira, o mais exaustivo já publicado.

Até 82% dos casos analisados incluíam ferimentos físicos, como ossos quebrados, abortos involuntários ou queimaduras, mas o relatório aponta que entre 28% ou 64% destas mulheres, dependendo dos países, não buscou ajuda nem falou com ninguém sobre o trauma, porque não sabiam a quem se dirigir

Publicado pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPS), o relatório é o primeiro que utiliza dados cientificamente comparáveis extraídos de uma década de pesquisas sociais e sanitárias na região, com um total de 180.000 entrevistas pessoais.

Além do drama pessoal de cada agressão ou estupro, "a violência contra as mulheres também tem consequências intergeracionais: quando as mulheres experimentam violência, seus filhos sofrem", explicou a diretora em fim de mandato da Organização Pan-Americana da Saúde, Mirta Roses.

E, quando as crianças sofrem ou presenciam violência, "têm um maior risco de se converterem em agressoras ou vítimas em sua vida adulta", disse Roses no relatório.

A violência física é acompanhada de abusos verbais na imensa maioria dos casos (61% entre as mulheres colombianas agredidas, 92% entre as salvadorenhas).

E nem sempre as mulheres pobres são as mais afetadas. "Em alguns países, os níveis mais altos de violência por parte de um casal íntimo foram experimentados por mulheres com uma educação ou renda médias, não as mais baixas".

Alguns especialistas acreditam que a violência aparece com mais força naqueles cenários de mudança, quando as mulheres adquirem níveis maiores de educação ou melhores salários, o que questiona os papéis tradicionais, ressalta o relatório.


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