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domingo, 20 de dezembro de 2015

Pernambuco estreia videoconferência em processo de adoção internacional

17/12/2015

A Coordenadoria da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de Pernambuco (CIJ-PE) iniciou o projeto Conhecer Virtual. Inaugurada em 7 de dezembro, a iniciativa promove encontros por videoconferência entre crianças e adolescentes e pretendentes à adoção, para construir um maior vínculo afetivo entre os envolvidos antes do estágio de convivência obrigatório. A primeira reunião envolveu cinco irmãos, com idade entre 2 e 11 anos, e três casais de italianos.

Os casais, residentes na nação de origem, se conhecem e desejam manter o convívio dos irmãos na Itália. Na videoconferência, as crianças se mostraram curiosas quanto ao que iam encontrar no novo país e os adotantes revelaram a alegria de conhecê-los. Expectativa, emoção e sorrisos marcaram o momento. O encontro também serviu para tratar dúvidas sobre procedimentos de adoção, repassar informações sobre as crianças e orientar os adotantes sobre o período de convivência familiar.
A reunião foi realizada na Sala de Depoimento Acolhedor no Centro Integrado da Criança e do Adolescente do Estado (Cica-PE), em Recife. O sistema foi implantado pela Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação do Tribunal (Setic) a partir do programa Lync, que assegura o sigilo da transmissão de dados. Equipamentos de vídeo foram também instalados nas Salas de Depoimento Acolhedor de Caruaru e Petrolina. O desenvolvimento da solução começou no final de 2014.
Paraná e Bahia - A ideia de implantar o projeto surgiu do sucesso no Paraná e na Bahia. Nos estados, a videoconferência é usada apenas para adoção internacional, pelo Skype. A meta da CIJ-PE é ampliar o canal para a adoção nacional no estado. A primeira etapa, contudo, foca a adoção internacional, por meio do Núcleo de Apoio à Comissão Estadual Judiciária de Adoção de Pernambuco (Ceja-PE), serviço responsável pelas adoções.
Para a psicóloga da Ceja-PE Maria Figueiredo, o vínculo inicial contribui para reduzir a chance de rejeição ou estranhamento ao adotado ou ao adotante. “Antes, os adotantes só podiam ver as crianças ou adolescentes por foto na etapa anterior ao estágio e à sentença de adoção. Não tinham oportunidade de conhecer a forma como eles se expressam e um pouco da sua personalidade. Acho que esse conhecimento prévio e a familiaridade construída a partir disso vai ajudar muito na convivência”, disse.
O coordenador da Infância e Juventude de Pernambuco, desembargador Luiz Carlos Figueiredo, revelou entusiasmo. “É uma iniciativa que busca assegurar o direito à convivência familiar de crianças e adolescentes. Tenho esperança de que esse projeto possa ser expandido para todo o país por meio da Corregedoria Nacional de Justiça”, disse. Participaram ainda da videoconferência representantes da CIJ-PE, da Ceja, da Setic e da Il Mandello, entidade credenciada na Itália que intermedeia a adoção internacional.
Fonte: TJPE

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