Companhias com pelo menos 30% de executivas têm lucro 15% maior, diz um estudo
As empresas que têm mais mulheres em posições de comando são mais rentáveis, de acordo com um estudo do Peterson Institute for International Economics que investiga o impacto da diversidade de gênero nas empresas. O estudo, que analisou 21.980 empresas em 91 países, mostra que o desempenho das empresas melhora quanto maior é a proporção de mulheres em posições de liderança corporativa. A diferença não é pequena: empresas com pelo menos 30% de presença feminina em cargos executivos seniores têm lucro 15% maior do que aquelas cuja presença é menor.
As empresas que têm mais mulheres em posições de comando são mais rentáveis, de acordo com um estudo do Peterson Institute for International Economics que investiga o impacto da diversidade de gênero nas empresas. O estudo, que analisou 21.980 empresas em 91 países, mostra que o desempenho das empresas melhora quanto maior é a proporção de mulheres em posições de liderança corporativa. A diferença não é pequena: empresas com pelo menos 30% de presença feminina em cargos executivos seniores têm lucro 15% maior do que aquelas cuja presença é menor.
Apesar dos benefícios econômicos que pode representar para as empresas, a diversidade de gênero ainda é uma questão pendente e os altos cargos ainda são dominados por homens. O estudo destaca que cerca de 60% das corporações analisadas não têm mulheres na diretoria, mais da metade tampouco possuem executivas e apenas 5% é dirigida por uma mulher. Esta análise afirma, no entanto, que não há nenhuma evidência de que haja uma maior rentabilidade quando uma mulher é presidente e que seu desempenho é igual ao dos seus homólogos masculinos. Mas, nas empresas onde há mais mulheres nos conselhos de administração, também há mais executivas.
A pesquisa chamada “A diversidade de gênero é rentável?” estabelece a necessidade de promover o progresso feminino em toda a estrutura corporativa. Também salienta que existe uma correlação entre o número de mulheres que ocupam estas posições e certas características das empresas e países, tais como a ausência “relativa” das atitudes discriminatórias contra executivas, a especialização em carreiras associadas com direção e gestão empresarial e as licenças de paternidade. Por setor, a maior porcentagem de executivas está no setor financeiro e o menor, em logística e energia.
No estudo foram incluídas 265 empresas brasileiras, das quais apenas 4% têm uma mulher como presidenta da companhía, 3% como presidentas dos conselhos de administração, 9% têm participação feminina nos assentos dos conselhos de administração e 9% em cargos executivos.
Noruega, Eslovênia e Bulgária são alguns dos países com mais mulheres em posições de liderança: as empresas têm, pelo menos, 20% de representação feminina nos conselhos de administração e em cargos executivos. Em 2003, a Noruega estabeleceu por lei uma cota de pelo menos 40% de mulheres nos conselhos de administração das grandes empresas. No Japão, no entanto, a presença feminina nestes cargos representa entre 2 e 2,5%.
Em vários países existem iniciativas para promover a igualdade de gênero em cargos de gestão. Nos Estados Unidos, por exemplo, a campanha 2020 Women on Boards (2020 Mulheres nas Diretorias) trabalha para aumentar a porcentagem de mulheres nas diretorias de empresas norte-americanas. O que tentam é que as empresas cheguem ao ano 2020 com pelo menos 20% de presença feminina. Outro exemplo é o Reino Unido. Um grupo chamado 30% Club tem como objetivo que 30% dos membros dos conselhos de administração das empresas incluídas no índice FTSE sejam mulheres.
O Peterson Institute for International Economics, com sede em Washington, analisou dados de cerca de 22.000 empresas de capital aberto. Delas, 13.000 são empresas com lucros. As empresas pertencem a diferentes setores: indústria, telecomunicações, finanças, saúde ou energia.
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