Metade das ossadas encontradas no local era de mulheres, o que indica que elas eram parte da elite daquela sociedade
Um novo estudo dos restos mortais encontrados próximos ao monumento de Stonehenge, no sul da Inglaterra, indicou que havia um “grau surpreendente de igualdade de gênero” no local, reportou nesta quarta-feira (03/02) a emissora britânica BBC. Publicada originalmente na revista British Archaeology, a pesquisa da Universidade College London apontou que quase a metade dos ossos pertencia a mulheres.
Adam Woodrow/Flickr
Estudo iniciado em 2008 na Inglaterra indicou "surpreendente igualdade de gênero" em Stonehenge
Historiadores e arqueólogos acreditam que apenas pessoas de destaque social eram enterrados no local, o que denota a igualdade de gênero apontada na descoberta. Os pesquisadores destacaram que as representações artísticas costumam mostrar homens pré-históricos no local, “com quase nenhuma mulher visível”, o que é contrariado pelo estudo.
A pesquisa indica ainda que as mulheres enterradas no local provavelmente faziam parte da elite social da época, há cerca de 4.000 anos. Outro ponto levantado pelo estudo é o contraste com outras tumbas do sul da Inglaterra, que datam do Período Neolítico, que possuem uma desproporção entre o número de mulheres e de homens.
Os restos mortais estavam misturados com outros ossos, que haviam sido retirados na década de 1920, o que atrasou o estudo, iniciado em 2008. As ossadas foram enviadas para as universidades de Oxford e Glasgow, a fim de serem datadas mais precisamente por meio da técnica do carbono-14.
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