Nova Iorque, 21 de janeiro de 2016 – Mais de 120 organizações humanitárias e agências das Nações Unidas emitiram, hoje, um poderoso apelo conjunto pedindo que as pessoas ao redor do mundo levantem sua voz e peçam um fim à crise na Síria e ao sofrimento suportado por milhões de civis.
O apelo também descreve uma série de ações imediatas e práticas que podem melhorar o acesso humanitário e o fornecimento de ajuda aos que dela necessitam dentro da Síria.
Três anos atrás, os líderes das agências humanitárias da Organização das Nações Unidas (ONU) lançaram um apelo urgente para aqueles que poderiam acabar com o conflito na Síria. Pediram que fossem feitos todos os esforços para salvar o povo sírio. Basta, disseram eles, de sofrimento e derramamento de sangue.
O apelo também descreve uma série de ações imediatas e práticas que podem melhorar o acesso humanitário e o fornecimento de ajuda aos que dela necessitam dentro da Síria.
O público pode "assinar" o apelo ao compartilhá-lo em suas redes sociais. As organizações estão publicando o apelo em seus canais digitais, com o vídeo abaixo: 60 segundos ressaltando o impacto dos quase 60 meses de conflito na Síria [textos em espanhol].
Um apelo para acabar com o sofrimento na Síria
Três anos atrás, os líderes das agências humanitárias da Organização das Nações Unidas (ONU) lançaram um apelo urgente para aqueles que poderiam acabar com o conflito na Síria. Pediram que fossem feitos todos os esforços para salvar o povo sírio. Basta, disseram eles, de sofrimento e derramamento de sangue.
Isso foi há três anos.
Agora, a guerra está se aproximando de seu sexto ano de brutalidades. O derramamento de sangue continua. O sofrimento se aprofunda.
Então, hoje, nós – líderes de organizações humanitárias e agências humanitárias da ONU – apelamos não só aos governos, mas a cada um de vocês – cidadãos ao redor do mundo – para que levantem sua voz para pôr fim a essa carnificina. Para exortar todas as partes a que cheguem a um acordo sobre um cessar-fogo e um caminho para a paz.
Mais do que nunca, o mundo precisa ouvir uma voz pública e coletiva pedindo um fim a esse ultraje. Porque esse conflito e suas consequências afetam todos nós.
Afetam aqueles na Síria que perderam entes queridos e seus meios de subsistência, os que foram expulsos de suas casas, ou os que vivem desesperados sob cerco. Hoje, cerca de 13,5 milhões de pessoas dentro da Síria precisam de assistência humanitária. Isso não é simplesmente uma estatística. São 13,5 milhões de seres humanos cuja vida e cujo futuro estão em perigo.
Afetam as famílias que, com poucas opções de um futuro melhor, empreendem viagens perigosas para países estrangeiros em busca de refúgio. A guerra levou 4,6 milhões de pessoas para países vizinhos e além.
Afetam uma geração de crianças e jovens que, privados de educação e traumatizados pelos horrores que viveram, veem o seu futuro cada vez mais moldado somente pela violência.
Afetam as pessoas muito além da Síria, que têm visto as repercussões violentas da crise atingirem ruas, escritórios e restaurantes perto de suas casas.
E afetam todas as pessoas no mundo cujo bem-estar econômico é abalado, de maneiras visíveis e invisíveis, pelo conflito.
Aqueles que têm a capacidade de acabar com o sofrimento podem – e devem – agir imediatamente. Até que seja encontrada uma solução diplomática para os conflitos, essas ações incluem:
- Acesso irrestrito e continuado para as agências humanitárias para que forneçam alívio imediato para os necessitados dentro da Síria.
- Pausas humanitárias e cessar-fogo incondicional e monitorado para permitir a distribuição de alimentos e outras ajudas de emergência aos civis; vacinação e outras campanhas de saúde; e o retorno das crianças às escolas.
- Interrupção de ataques contra infraestruturas civis, para que escolas, hospitais e centrais de abastecimento de água estejam protegidos.
- Livre circulação para todos os civis e levantamento imediato de todos os cercos por todas as partes.
Essas são medidas práticas. Não há nenhuma razão prática para que não sejam implementadas se houver vontade para tanto.
Em nome da humanidade que nos une... pelo bem de milhões de pessoas inocentes que já sofreram demais... e pelos milhões mais cuja vida e cujo futuro estão ameaçados, nós pedimos ação imediata.
Imediata.
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Assinam em 21 de janeiro de 2016
Fazle Hasan Abed, presidente, BRAC, Bangladesh
Zairulshahfuddin bin Zainal Abidin, diretor nacional, Islamic Relief Malásia
Ryoko Akamatsu, presidente, Comitê Japonês para o UNICEF
Anne-Birgitte Albrectsen, CEO, Plan International
Richard Allen, CEO, Mentor Initiative
Haytham Alhamwi, diretor, Rethink Rebuild
Steen M. Andersen, diretor executivo, Comitê Dinamarquês para o UNICEF
Barry Andrews, CEO, GOAL Irlanda
Nancy A. Aossey, presidente e CEO, International Medical Corp
Bernt G. Apeland, diretor executivo, Comitê Norueguês para o UNICEF
Mohamed Ashmawey, CEO, Islamic Relief Worldwide
Elhadj As Sy, secretário-geral, CEO, Federação Internacional da Cruz Vermelha e Sociedade do Crescente Vermelho
Lina Sergie Attar, co-fundadora e CEO, Karam Foundation
Carmelo Angulo Barturen, presidente, Comitê Espanhol para o UNICEF
Gudrun Berger, diretora executiva, Comitê Austríaco para o UNICEF
Tomaž Bergoč, diretor executivo, Fundação Eslovena para o UNICEF
David Bull, diretor executivo, Comitê do Reino Unido para o UNICEF
Marie-Pierre Caley, CEO, ACTED
Adriano Campolina, CEO, Actionaid
CARE Holanda
Tineke Ceelen, diretor, Stichting Vluchteling, Holanda
Margaret Chan, diretora-geral, Organização Mundial da Saúde
Jonny Cline, diretor executivo, Fundo Israelense para o UNICEF
Sarah Costa, diretora executiva, Comissão para as Mulheres Refugiadas
Ertharin Cousin, diretora executiva, Programa Mundial de Alimentos
Emese Danks, diretora executiva, Comitê Húngaro para o UNICEF
Maryanne Diamond, presidente, International Disability Alliance
Hisham Dirani, CEO, BINAA Organization for Development
Edukans, Holanda
Jan Egeland, secretário-geral, Conselho Norueguês de Refugiados
Patricia Erb, presidente e CEO, Save the Children Canadá
Sanem Bilgin Erkurt, diretora executiva, Comitê Turco para o UNICEF
Pierre Ferrari, presidente e CEO, Heifer International
Amy Fong, CEO, Save the Children Hong Kong
Justin Forsyth, CEO, Save the Children Reino Unido
Michel Gabaudan, presidente, Refugees International
Meg Gardinier, secretária-geral, ChildFund Alliance
Global Call to Action against Poverty
Mark Goldring, CEO, Oxfam Grã-Bretanha
Pavla Gomba, diretora executiva, Comitê Tcheco para o UNICEF
Filippo Grandi, alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados
Madalena Grilo, diretora executiva, Comitê Português para o UNICEF
Noreen Gumbo, Head of Humanitarian Programmes, Trócaire
Handicap International, Bélgica
Abdullah Hanoun, CEO, Syrian Community of the South West UK
Heather Hayden, CEO, Save the Children Nova Zelândia
Dirk Hegmanns, diretor regional para Turquia/Síria/Iraque, Deutsche Welthungerhilfe
Anne-Marie Helland, secretária-geral, Norwegian Church Aid
Anne Hery, diretora de Advocacy e Relações Institucionais, Handicap International
International Organization for Migration, Holanda
W. Douglas Jackson, presidente e CEO, PROJECT C.U.R.E.
Wolfgang Jamann, secretário-geral, Care International
Kevin Jenkins, presidente e CEO, World Vision International
Bergsteinn Jónsson, diretor executivo, Comitê Islandês para o UNICEF
Benoit Van Keirsbilck, diretor, DEI-Belgique
Thomas G. Kemper, secretário-geral, General Board of Global Ministries, United Methodist Church
Neal Keny-Guyer, CEO, Mercy Corps
Kerk in Actie, Holanda
Marja-Riitta Ketola, diretora executiva, Comitê Finlandês para o UNICEF
Peter Klansoe, diretor regional, Conselho Dinamarquês de Refugiados, Região do Oriente Médio e Norte da África
Pim Kraan, diretor, Save the Children Holanda
Marek Krupiński, diretor executivo, Comitê Polonês para o UNICEF
Hans Kuenzle, presidente, Comitê Suíço para o UNICEF
Anthony Lake, diretor executivo, UNICEF
Jane Lau, CEO, Comitê de Hong Kong para o UNICEF
Lavinia Limón, presidente e CEO, U.S. Comitê for Refugees and Immigrants
Jonas Keiding Lindholm, CEO Save the Children Dinamarca
Rosa G. Lizarde, diretora global, Feminist Task Force
Olivier Longue, CEO, Accion Contra el Hambre
John Lyon, presidente, World Hope International
Sébastien Lyon, diretor executivo, Comitê Francês para o UNICEF
Dominic MacSorley, CEO, Concern Worldwide
Dirk Van Maele, diretor, Plan Bélgica
Cécil Van Maelsaeke, diretor, Tearfund, Bélgica
Vivien Maidaborn, diretora executiva, Comitê Neozelandês para o UNICEF
Blanca Palau Mallol, presidente, Comitê de Andorra para o UNICEF
John L. McCullough, presidente e CEO, Church World Service
Carolyn Miles, presidente e CEO, Save the Children EU
David Miliband, presidente e CEO, International Rescue Committee
Juraj Mišura, presidente, Comitê Eslovaco para o UNICEF
James Mitchum, CEO, Heart to Heart International
David Morley, presidente e CEO, Comitê Canadense para o UNICEF
John Nduna, secretário-geral, ACT Alliance
Stephen O’Brien, sub-secretário-geral das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários e coordenador da Ajuda de Emergência
Babatunde Osotimehin, diretor executivo, Fundo de População das Nações Unidas
Ignacio Packer, secretário-geral, Terre des Hommes International Federation
People in Need
Ahmad Faizal Perdaus, presidente, Mercy Malásia
Plan, Noruega
Peter Power, diretor executivo, UNICEF Irlanda
Sarina Prabasi, CEO, WaterAid America
Chris Proulx, presidente e CEO, LINGOS, Estados Unidos
Jihad Qaddour, presidente, Syria Relief and Development
Cruz Vermelha, Holanda
Curtis N. Rhodes Jr., diretor internacional, Questscope
Michel Roy, secretário-geral, Cáritas International
Paolo Rozera, diretor executivo, Comitê Italiano para o UNICEF
Tessie San Martin, presidente e CEO, Plan International EUA
Christian Schneider, diretor executivo, Comitê Alemão para o UNICEF
Rev. Thomas H. Smolich, S.J. International diretor, Jesuit Refugee Service
Janti Soeripto, CEO interina, Save the Children, International
SOS Kinderdorpen, Holanda
Caryl M. Stern, presidente e CEO, Fundo dos Estados Unidos para o UNICEF
Marie Soueid, Policy Counsel, Center for Victims of Torture
John Stewart, presidente, Comitê Australiano para o UNICEF
Odd Swarting, presidente, Comitê Sueco para o UNICEF
William L. Swing, diretor-geral, International Organization for Migration
Florence Syevuo, Global Call to Action against Poverty, Quênia
Daigo Takagi, Association for Aid and Relief, Japão
Tearfund, Reino Unido
Terre des Hommes International Federation
Constantine M. Triantafilou, diretor executivo e CEO, International Orthodox Christian Charities
Olav Fykse Tveit, secretário-geral, World Council of Churches
Monique van ‘t Hek, diretora, Plan Holanda
William Vendley, secretário-geral, Religions for Peace
Pierre Verbeeren, diretor, Medecins du Monde, Bélgica
Damien Vincent, diretor executivo, Comitê Belga para o UNICEF
Sandra Visscher, diretora executiva, Comitê de Luxemburgo para o UNICEF
Vrouwen tegen Uitzetting, Holanda
Tove Wang, CEO, Save the Children Noruega
David A. Weiss, presidente e CEO, Global Communities
Kathrin Wieland, CEO, Save the Children Alemanha
Jan Bouke Wijbrandi, diretor executivo, Comitê Holandês para o UNICEF
Nancy E. Wilson, presidente e CEO, Relief International
Carolyn Woo, presidente e CEO, Catholic Relief Services
Daniel Wordsworth, presidente and CEO, American Refugee Comitê
Samuel A. Worthington, CEO, InterAction
Leila Zerrougui, UN Special Representative of the secretário-geral for Children and Armed Conflict
Mohammad Zia-ur-Rehman, CEO, AwazCDS and Pakistan Development Alliance
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