25/02/16
O subcomandante da Polícia Militar do Piauí, coronel Lindomar Castilho, garantiu que a Corregedoria da PM irá apurar as denúncias de que mulheres vítimas de violência não estão sendo socorridas após ligarem para o 190. O coronel se disse surpreso com as queixas da delegada Vilma Alves, que classificou a omissão como um “boicote” às mulheres.
"Eu vejo isso com surpresa porque nosso procedimento não é esse. Se há um caso ou outro que foge ao padrão, temos interesse de ver de perto, porque nenhum policial vai se furtar de socorrer uma vítima de violência, ainda mais uma mulher. As vítimas que nos procurar e disser que não foi atendida pela PM, nós vamos apurar o que houve e corrigir cada caso", afirmou Lindomar Castilho.
O subcomandante ressaltou que em 2015, a Polícia Militar atendeu a 1.480 ocorrências de violência contra a mulher, uma média de quatro casos por dia.
Entenda o caso
A delegada Vilma Alves denunciou que a PM está "simplesmente" ignorando o pedido de socorro das mulheres vítimas de violência em Teresina. A mais recente reclamação foi presenciada pelo Cidadeverde.com ao acompanhar o caso de uma garçonete que foi espancada no bairro Promorar, zona Sul de Teresina. Ela relatou que o ex-marido não aceitou o fim do relacionamento e a perseguia. Anteontem, ele conseguiu arrombar a janela da casa dela e a pegou pelo cabelo batendo violentamente seu rosto contra a parede. Da violência, a mulher quase perdeu o olho. “Devido à proximidade, as mulheres violentadas procuraram primeiro os policiais militares e se eles estão sendo omissos em fazerem os flagrantes, temos que tomar uma providência”, disse a delegada.
Jordana Cury
jordanacury@cidadeverde.com
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