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terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Governo irlandês reembolsa mulher forçada a viajar para outro país para abortar

Amanda Mellet precisou se deslocar para a Grã Bretanha para evitar dar à luz um bebê que nasceria morto

02.12.2016 | POR REDAÇÃO MARIE CLAIRE

O governo da Irlanda reembolsou todas as despesas e se desculpou oficialmente com uma irlandesa forçada a viajar para a Grã-Bretanha para se submeter a um aborto – um gesto que surpreendeu ativistas, uma vez que o país é predominantemente católico.

Amanda Mellet, uma das três irlandesas que pediu formalmente à ONU em 2013 uma condenação à proibição da Irlanda com relação a abortos em casos de anomalias fetais fatais, não conseguiu a permissão para interromper a gravidez de um bebê que nasceria morto. Por isso, precisou deixar o país temporariamente.

Em junho, o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas se posicionou a favor de Amanda, alegando que ela havia sofrido “discriminação e angústia”, como resultado da proibição severa do país contra o aborto.

O governo irlandês decidiu então pagar US$ 30 mil (R$ 104 mil) a ela. “Esta é a primeira vez que eles ressarciram uma mulher por ter que deixar o país para se submeter a um aborto”, disse Ailbhe Smyth, ativista dos direitos reprodutivos, ao The Guardian. “É um reconhecimento atrasado da profunda negação quando à autonomia e direito das mulheres.”

Segundo Ivana Bacik, senadora do Partido Trabalhista irlandês, esta pode ser uma ótima oportunidade para as ativistas lutarem por um afrouxamento do acesso legal ao aborto. “A legislação irlandesa altamente restritiva viola os direitos humanos das mulheres”, acrescentou.

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