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terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Apesar de proibidos, testes de virgindade invasivos continuam sendo feitos em garotas afegãs

Exames do tipo costumam ser usados em processos criminais e condenar meninas e mulheres por “crimes morais” no Afeganistão

09.01.2017 - POR REDAÇÃO MARIE CLAIRE

Os exames vaginais e retais invasivos continuam a ser usados para apoiar processos criminais e, muitas vezes, condenações de mulheres e meninas julgadas culpadas por “crimes morais”, no Afeganistão. Os chamados “testes de virgindade”, apesar da proibição, são realizados por funcionários do governo e têm a intenção de verificar se a acusada de sexo pré-marital é virgem ou se teve relações sexuais recentemente, revelou reportagem do The New York Times.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, além de se tratar de uma violação sistêmica do corpo feminino, a prática não tem validade científica. O procedimento baseia-se na ideia de que a virgindade de uma mulher pode ser determinada apenas pelo rompimento do hímen. Por isso é considerado totalmente falho, uma vez que o estado do hímen não necessariamente está relacionado ao histórico sexual – algumas mulheres chegam a nascer sem e, em alguns casos, ele nunca chega a ser rompido.

Sob pressão dos grupos de direitos humanos, Ashraf Ghani, presidente do Afeganistão, prometeu dar fim à prática no ano passado. Ainda assim, funcionários do governo continuaram a realizá-la. Só no primeiro semestre de 2016, 42 testes de virgindade foram feitos, segundo a publicação.

“Esses exames não são apenas degradantes, como constituem uma agressão sexual. O uso continuado desta prática por parte do governo afegão faz parte de um padrão mais amplo de abusos sofridos por mulheres e meninas que vão presas por acusação de ‘crime moral’, quando muitas vezes fugiram de um casamento forçado ou marcado por violência doméstica”, declarou Healther Barr, da ONG Human Rights Watch.

Elas representam metade das mulheres encarceradas no país e 95% das meninas detidas.

Marie Claire

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