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domingo, 19 de fevereiro de 2017

Dicas da Semana: ‘Eu Não Sou Seu Negro’ e ‘Minha Vida de Abobrinha’


EU NÃO SOU SEU NEGRO

Direção: Raoul Peck

O documentário é um dos três filmes indicados ao Oscar de sua categoria que tratam da questão racial nos EUA, junto com A 13ª Emenda e O.J. Made in America. Diferente deles, porém, é a abordagem sem entrevistas com ativistas ou personalidades, mas focado na narrativa do escritor James Baldwin e seu manuscrito incompleto e não publicado, Remember This House, no qual buscava contar a história da luta por direitos civis dos negros, a partir das trajetórias de três líderes: Medgar Evers, Malcolm X e Martin Luther King.
Trajetórias estas marcadas por tragédias, já que os três foram mortos antes de completar 40 anos. James Baldwin, contemporâneo e muitas vezes parceiro deles em passeatas, debates e manifestações, sobreviveu até 1987, quando faleceu, aos 63 anos. Não viu as questões que lhe eram caras sendo totalmente resolvidas – e não foram até hoje -, mas tentou sempre se manter um otimista. Aos 24 anos, desiludido com o preconceito (além de ser negro, Baldwin era gay), expatriou-se na França. Voltou aos Estados Unidos nove anos mais tarde, por não poder apenas observar de longe os horrores da segregação racial.
Sua prosa potente, narrada pela voz de Samuel L. Jackson, leva o filme ao patamar de obra de arte. As cenas de conflitos e barbáries históricas em seu país embasam frases que estão longe de serem para efeitos gratuitos, mas clamam por mudanças de conceitos e visão de mundo que ainda ecoam forte. “A história não é o passado. É o presente. Nós carregamos a nossa história conosco. Nós somos a nossa história. Se fingirmos o contrário, somos literalmente criminosos”, é uma das muitas passagens memoráveis e incontestáveis de Baldwin em Eu Não Sou Seu Negro. Um documentário fundamental.
MINHA VIDA DE ABOBRINHA

Direção: Claude Barras
Coproduzida pela França e pela Suíça, a animação é toda feita em stop-motion de massa de modelar. Ao contrário das produções com cortes rápidos e andamento acelerado que parecem concorrer pela atenção das crianças hiperativas da modernidade, Minha Vida de Abobrinha é singelo, delicado, rico em pequenos detalhes.
O roteiro, baseado em livro de Gilles Paris e adaptado por Céline Sciamma (de Tomboy e Garotas), mostra Ícaro, apelidado de Abobrinha, e sua chegada a um orfanato. Acostumado a até então ser negligenciado pela mãe, o menino tem suas primeiras experiências de amizade, afeto, e até apaixona-se pela primeira vez.
Além destes temas típicos da adolescência, o filme de Claude Barras ainda monta um mosaico da Europa atual, representada pelas crianças de diferentes origens, etnias e histórias de vida. Pode até não ficar com a estatueta do Oscar, ao qual está indicado, mas certamente cavará seu espaço no coração de quem for assistir.

2 comentários:

  1. Adorei as criticas do filme, obrigada por compartilhar! Já conhecia essa historia, me chamou a atenção o trailer e as informações. Pessoalmente eu acho que tem havido muitos filmes bons, a verdade é que meu favorito é O Que Será de Nozes 2. Se alguém ainda não viu, eu recomendo amplamente, vocês vão gostar com certeza. É um dos melhores filmes animados novos, e muito interessante, sinto que história é boa, mas o que realmente faz a diferença é a participação de Jackie Chan neste filme, já que pela grande experiência que eles têm no meio da atuação fazem com que os seus trabalhos sejam impecáveis e sempre conseguem transmitir todas as suas emoções. Me manteve tensa todo o momento, cuida todos os detalhes e como resultado é uma grande produção, vale muito à pena, é um dos melhores do seu gênero.

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