Ele é de Marte, ela é da Terra. Agora só falta dar um jeito naqueles 225 milhões de quilômetros
Por Isabela Boscov 31 mar 2017
É 2018, e um grupo de seis astronautas vai se estabelecer em Marte, em um experimento pioneiro. Mas, ops, a astronauta do time embarcou grávida, sem saber. Dar meia-volta é impossível. Ou seja, a criança vai ter de nascer e crescer em Marte, como um segredo muito bem guardado pela Nasa. Mas adolescente é adolescente em qualquer planeta, e Gardner (Asa Butterfield), o protagonista deste filme que entra em cartaz hoje, chega aos 17 anos inquieto, curioso e ansioso por contato com gente de sua idade – como a rebelde Sarah (Janet Montgomery), com quem ele conversa por Skype (ou um equivalente futurista). Gardner, claro, não revela que mora em Marte, porque quem é que acreditaria nisso? Ele diz para Sarah que não pode sair de sua cobertura em Nova York para encontrá-la porque sofre de uma doença hereditária, a oesteogenesis imperfecta, que torna seus ossos quebradiços. É quase verdade: a baixa gravidade a que ele foi submetido desde a gestação afetou seu esqueleto e seus órgãos, e Gardner não sobreviveria à atmosfera da Terra.
Por Isabela Boscov 31 mar 2017
É 2018, e um grupo de seis astronautas vai se estabelecer em Marte, em um experimento pioneiro. Mas, ops, a astronauta do time embarcou grávida, sem saber. Dar meia-volta é impossível. Ou seja, a criança vai ter de nascer e crescer em Marte, como um segredo muito bem guardado pela Nasa. Mas adolescente é adolescente em qualquer planeta, e Gardner (Asa Butterfield), o protagonista deste filme que entra em cartaz hoje, chega aos 17 anos inquieto, curioso e ansioso por contato com gente de sua idade – como a rebelde Sarah (Janet Montgomery), com quem ele conversa por Skype (ou um equivalente futurista). Gardner, claro, não revela que mora em Marte, porque quem é que acreditaria nisso? Ele diz para Sarah que não pode sair de sua cobertura em Nova York para encontrá-la porque sofre de uma doença hereditária, a oesteogenesis imperfecta, que torna seus ossos quebradiços. É quase verdade: a baixa gravidade a que ele foi submetido desde a gestação afetou seu esqueleto e seus órgãos, e Gardner não sobreviveria à atmosfera da Terra.
Mas aí rola um tratamento, Gardner baixa aqui na Terra e, mal alguém vira as costas, foge para atravessar os Estados Unidos à procura de Sarah – e também à procura do sujeito que ele acredita ser seu pai. Gary Oldman, o chefe do projeto, e Carla Gugino, a astronauta que acompanhou Gardner na sua primeira visita à Terra, se desesperam: onde foi parar seu jovem marciano? Seguem-se alguns lances espirituosos, e outros meio bobinhos. Mas o filme do diretor Peter Chelsom (de Dança Comigo?) é sempre simpático, com um pé naquelas deliciosas aventuras juvenis da década de 80, como SpaceCamp. E Asa Butterfield, que está com 20 anos e primeiro chamou a atenção aos 11, em O Menino do Pijama Listrado (e depois em A Invenção de Hugo Cabret, Ender’s Game e O Lar das Crianças Peculiares), combina atitude e meiguice na medida certa. Além disso, nunca é demais olhar para o planeta pelos olhos de quem o vê pela primeira vez e se deslumbra até com as coisas que temos por banais.
Trailer
O ESPAÇO ENTRE NÓS (The Space Between Us) Estados Unidos, 2017 Direção: Peter Chelsom Com Asa Butterfield, Janet Montgomery, Gary Oldman, Carla Gugino, BD Wong Distribuição: Diamond Veja |
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