A historiografia do novo movimento feminista brasileiro será retratada no documentário #PrimaveraDasMulheres, dirigido por Antonia Pellegrino e Isabel Nascimento e Silva. O longa, que será exibido na quinta (19), às 23h, no GNT, traça a cronologia das ações e manifestações que impuseram o debate da desigualdade de gênero a partir da voz de suas principais protagonistas.
"O filme faz parte da estratégia de levar o debate do feminismo para um público que não é versado nele", disse Antonia em entrevista ao site da Folha de S.Paulo.
Ela é uma das articuladoras das campanhas #MexeuComUmaMexeuComTodas e #AgoraÉQueSãoElas, algumas das hashtags que difundiram o novo feminismo no Brasil, e que surgiram após os protestos globais da Marcha das Vadias, em 2011.
A força do movimento foi contínua e ganhou notoriedade em 2015 com o alcance e a repercussão da campanha #MeuPrimeiroAssédio, quando milhares de mulheres entraram em suas contas nas redes sociais para narrar, pela primeira vez, as violências que haviam sofrido, e que muitas delas nunca tinham se dado conta de que aquilo era violência.
No mesmo período, o então deputado e presidente da Câmara, Eduardo Cunha, propôs o projeto de lei 5069, que dificultava o atendimento às vítimas de estupro e o acesso à pílula do dia seguinte; uma afronta aos direitos duramente conquistados pelos movimentos feministas. Por conta disso, as mulheres saíram para as ruas, e lá ficaram. De outubro de 2015 ao início de 2016 os debates, atos e hashtags se multiplicaram, dando o início à #PrimaveraDasMulheres.
O documentário vai abarcar e mapear muitas vertentes do novo feminismo, conversando com ativistas radicais, blogueiras jovens e articuladas e ainda ativistas transgênero e mulheres do movimento negro. Para ficar por dentro quem foram as entrevistadas e informações sobre novas exibições, acesse a do filme.
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