Em sua nova coluna, Vivi Duarte ensina como não se frustrar na hora de abrir mão de algumas coisas na vida
30.01.2018 | POR VIVI DUARTE
Em época onde todos querem vender uma vida de sucesso nas redes sociais, parece que desistir é assinar o atestado de perdedora, né?
Você já se sentiu pressionada por um plano que criou e no meio do caminho ele se tornou um monstrinho que tomou conta de toda sua vida, sem grandes resultados? A gente tem um sonho, traça um plano, começa a correr atrás e BOOM: às vezes dá ruim e viramos reféns de coisas que não eram nada do que imaginávamos. Isso em diversas áreas de nossas vidas: pode ser uma amizade, uma troca de emprego, de namorado, de bairro, de país. Pode ser que você tenha apostado todas suas fichas em uma ideia de negócios e descobriu no meio do caminho que odeia ser empreendedora...
Muitas coisas podem mudar no meio do caminho e na maioria das vezes, tudo o que você precisa fazer é DESISTIR. E tudo bem. Não tem nada de errado em admitir que as coisas estão ruins e deixar ir embora um plano que ao invés de te fazer feliz está te fazendo perder o sono. Nestas horas você não pode pensar no que as pessoas vão pensar - se vão coracionar ou não sua decisão. Dane-se! Esta é sua vida. E ela é real – nada tem a ver com a felicidade plastificada da linha do tempo do Facebook que tantos querem vender. Viver tem seus altos e baixos e você precisa entender isso e agir.
Eu tinha muito medo de abrir mão das coisas que me incomodavam, sem que antes esgotasse todas as minhas energias para reverter a situação. Medo de não ter me dedicado o suficiente. De ser vista como alguém superficial. De ser julgada. Isso me fazia perder tempo, força e novas oportunidades. Me sentia cansada e desmotivada. Parecia que arrastava correntes, sabe como?
A gente precisa aprender a sentir nosso corpo, nossas sensações, além claro, do cenário que estamos inseridas, para ler o jogo da vida e não precisar investir todas as fichas em um caminho que não te levará para lugar algum.
Vamos aos exemplos, mores:
Empreender está te deixando louca?
Você percebeu que se precipitou com esta onda de empreendedores de palco que circulam por aí e saiu da empresa que você trabalhava para investir na sua própria empresa. Deu ruim e as contas não fecham. Você detestou ter que empreender e todo mês viver a aventura de pagar boletos sem saber o valor real que receberá por mês, mas você insiste, afinal, desistir é para os fracos, certo? Errado! Desistir faz parte do jogo e neste caso o jogo é seu e quem comanda é você. Pare de pensar no que os outros vão pensar e faça o que for melhor pra sua saúde mental e qualidade de vida.
O santo não bateu?
Sabe quando você está diante de alguém e sente aquele frio na barriga, aquela intuição de algo ruim e que o santo não bate de jeito nenhum? Pois é. Preste atenção. Se puder, não insista. O corpo da gente fala que vai dar merda e a gente vai e se joga pra depois ter que limpar tudo sozinha. Então, corre que é cilada.
Aquela amiga sincerona e perfeita que você respeita
Sabe aquela amiga que só te bota pra baixo e depois de cada encontro tudo o que você sente é culpa? Que fala que só quer o seu bem, mas na primeira oportunidade te gonga? Que está sempre por perto nas horas ruins? Então... Não cultive amizade tóxicas, more. Desista e parta pra outra. Isso vale também para relacionamentos amorosos, tá? Se a pessoa suga suas energias, nunca se alegra com suas vitórias, e te deixa sempre pra baixo, pra quê investir nisso? Lembre-se sempre: sororidade não é o mesmo que fazer papel de trouxa e falta de educação e cuidado com as palavras nada tem a ver com sinceridade. Nenhuma amizade ou amor vale sua autoestima destroçada.
Tome decisões que te façam se sentir bem, mesmo que seja desistir de algo. Desistir não é para os fracos, mas para quem tem coragem de encerrar uma fase da vida e partir para novas descobertas. Insista até aonde sua integridade e felicidade esteja garantida, do mais, acaba logo com isso, levanta a cabeça e get a life!
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