20.08.2018 | POR CAROL SGANZERLA, DO RIO DE JANEIRO
Marie Claire
Ativista mais importante da Maré, o complexo de favelas que abriga 140 mil pessoas no Rio, Eliana Sousa Silva é nascida na Paraíba e criada no subúrbio fluminense. Ela dedicou a vida a enfrentar a violência contra os moradores da comunidade. Viu crianças serem assassinadas, foi ameaçada de morte, mas nenhuma brutalidade a impediu de criar uma ONG que aumentou em seis vezes o número de jovens da comunidade dentro de universidades – uma delas foi Marielle Franco. Prestes a organizar o Women of the World, maior evento de liderança feminina do mundo, no Rio, conversou com Marie Claire sobre sua luta e alerta: o feminismo ainda não entrou na favela
Nova Holanda, MARÉ, 1º de outubro de 2006. Era domingo de eleições e Eliana Sousa Silva, 56 anos, voltava à escola de sua infância, no Complexo da Maré, dessa vez para votar. Enquanto revia vizinhos, dois camburões da Polícia Militar surgiram atirando e silenciando as conversas. Eliana correu para uma farmácia e, de lá, testemunhou uma cena que não sairia de sua memória. Um menino de 3 anos estava no colo da avó quando foi atingido na barriga por um tiro de fuzil. Ele foi socorrido por um dos policiais, mas foi em vão. Renan da Costa Ribeiro morreu ao chegar ao hospital. Perplexa e em meio a revolta dos moradores, Eliana liderou uma multidão até o 22º Batalhão para denunciar o crime ao comandante. A tentativa de diálogo, no entanto, foi em vão.
Justo ela, que era fundadora e diretora da instituição da sociedade civil Redes da Maré e atuava como ativista de direitos humanos havia quase 20 anos. Com a certeza de que o crime não seria esclarecido, trocou a descrença pelo desejo de entender as razões da violência policial enraizada nas comunidades pobres. Nascia ali a pesquisa que serviria de tese para seu doutorado. Contrariando as estatísticas de quem cresce na favela, Eliana se formou em letras pela UFRJ, é mestre em educação e doutora em serviço social pela PUC-Rio.
Desejando o mesmo futuro para seus vizinhos, criou o Curso Pré-Vestibular Comunitário da Maré, em 1997, o que fez crescer de 0,5% para 3% o número de moradores ingressando nas universidades. O curso era o início da Redes de Desenvolvimento da Maré, que há mais de 20 anos promove melhorias na comunidade de 140 mil habitantes, por meio de projetos educacionais, como reforço pedagógico, capacitação profissional, atendimento psicológico para mulheres vítimas da violência, orientação no acesso à justiça no caso de violação de direitos. “Temos a Casa das Mulheres da Maré para pensar a condição feminina”, conta Eliana, que ainda vê dificuldade em discutir assuntos como aborto e violência contra a mulher. “O feminismo ainda não chegou dentro da favela, não é entendido como algo fundamental para as mudanças nas relações de gênero.”
Em novembro, Eliana organizará o primeiro Women of the World no Brasil, evento que teve origem na Inglaterra, em 2011, e roda o mundo discutindo a condição da mulher contemporânea. O projeto vai reunir mulheres que trabalham pela melhoria da vida de outras e será baseado em quatro pilares: debates; empreendedorismo; ativismo social; e cultura, com espetáculos de dança, teatro e música.
Nascida na Paraíba, Eliana chegou ao Rio de Janeiro ainda criança com os pais, o comerciante João e a dona de casa Maria Aleixo, e os cinco irmãos, fugidos da seca. Instalaram-se em Nova Holanda, uma das seis favelas da comunidade da Maré nos anos 1970. “Meus pais eram ativistas, lutavam por coisas básicas, como água encanada. O coletivo sempre determinou minhas ações”, diz. Tanto que, aos 22, se elegeu a primeira presidente mulher da Associação dos Moradores de Nova Holanda e, desde então, tornou-se uma liderança.
Faz 23 anos que Eliana trocou a Maré por Niterói por causa da família – ela é mãe de João, 28, fruto do casamento com Jaílson, 58, diretor do Observatório de Favelas; de Rodrigo, 35, que adotou quando criança; e madrasta de Paula, 30. Em entrevista a Marie Claire, ela relembra o dia em que foi acuada por um chefe do tráfico e teve uma arma apontada em sua direção, fala sobre segurança pública e a necessidade da legalização do aborto e das drogas.
MARIE CLAIRE Quais são as principais demandas das mulheres das comunidades cariocas?
ELIANA SOUSA SILVA São demandas ligadas à profissionalização, existe uma urgência em mudar de vida. E uma discussão de gênero porque, muitas vezes, a mulher conquista uma situação econômica melhor, mas continua sendo oprimida no relacionamento. O feminismo é uma discussão que ainda não chegou dentro da favela. Há vozes da juventude periférica afirmando um outro lugar como mulher no mundo, mas não existe um movimento que levante uma bandeira.
MC Quais são as violências mais comuns?
ES As meninas que crescem na Maré têm uma educação opressora, machista. São abusadas desde cedo e, normalmente, por familiares. Essa violência vai se reproduzindo com namorado, marido. Tem histórias fortes de mulheres que são mantidas em cárcere privado. Teve uma que de tanto apanhar, esfaqueou o marido. Outra história que me chocou aconteceu na Redes. Uma noite, um homem entrou na aula, pôs a mulher para fora e bateu nela no corredor. Passamos a acompanhá-la para que o denunciasse. Na Casa das Mulheres da Maré trabalhamos para melhorar a condição de vida delas. Damos apoio psicológico e sociojurídico, em parceria com a UFRJ. O espaço trabalha capacitação, há curso de formação de gastronomia, ensinamos as mulheres a empreender. Debatemos a questão da igualdade de gênero e construímos ações para as demandas das políticas públicas.
MC Além da violência, outra questão feminina e urgente é o aborto. Existe discussão sobre o tema na comunidade?
ES Por ser um tabu, não temos espaços de reflexão para lidar com essa questão. Mas já foi tabu discutir violência e isso mudou. Por ainda se tratar de uma discussão moral, a mulher é julgada, estamos longe de conseguir pensar essa questão dentro do escopo de políticas públicas, do direito da mulher ao seu corpo.
MC Como as meninas e mulheres costumam abortar na Maré?
ES Em clínicas clandestinas, o que é extremamente perigoso à saúde. Temos que ter um olhar menos preconceituoso e estereotipado sobre essa questão.
MC Você é a favor da legalização?
ES Sim. Quantas mulheres morrem no Brasil em função de não receberem atendimento adequado?
MC Já fez?
ES Já. Tinha uns 24 anos, namorava, mas não fazia sentido ter um filho. Nessas horas, suas amigas aconselham o melhor lugar. Fiz numa clínica na zona norte do Rio.
MC Você é feminista?
ES Sim. Me descobri feminista aos 22 anos, quando me elegi presidente da Associação de Moradores da Nova Holanda e tive que lidar com muitos homens acostumados a mandar. Era muito tímida e tinha que falar para 400 pessoas. Percebi como o machismo estava presente nas relações e era opressor. Isso foi em 1984. Por ter tido acesso à literatura, tinha como inspiração a Simone de Beauvoir. Entendi que a luta para ser ouvida era grande – e necessária.
MC Qual é a origem da Redes de Desenvolvimento da Maré?
ES Em 1996, fizemos um levantamento do perfil educacional da população da Maré, que mostrou como o acesso à universidade era baixo em relação a quem morava em áreas de periferia. Menos de 0,5% dos moradores tinha acesso à universidade. Criamos o Curso Pré-Vestibular Comunitário da Maré e esse número passou para 3%. A Marielle [Franco] foi minha aluna.
Um jovem procurou por mim carregando um fuzil. Dizia que eu não poderia sair e que iriam me buscar às 8h da noite. Achei que iria morrer, fiquei muito abalada"
MC Qual era a sua relação com a Marielle?
ES Conheci a Marielle bem jovem, dei aula de redação para ela. Depois, ficamos próximas porque desenvolvemos trabalhos na área de segurança pública e na questão da violação dos direitos dos moradores.
MC Como o assassinato dela impactou a Maré?
ES Ainda sinto no corpo essa morte. É difícil falar sobre isso porque perpassa a nossa existência. Todos ficaram chocados em como a violência chega tão perto e nos deixa sem chão.
MC Como era a Maré na época em que chegou, aos 7 anos?
ES Só passei a circular na adolescência. Meus pais me criaram muito presa, diziam que “na rua só se aprende o que não se deve”. Só ia para a escola e para a Paróquia Sagrada Família. Eles eram envolvidos com a Igreja Católica.
MC Qual foi o momento mais difícil pelo qual passou na sua militância?
ES Em 2001, um jovem procurou por mim na Redes, carregando um fuzil. Dizia que eu não poderia sair dali e que iriam me buscar às 8h da noite. Fiquei muito tensa, até que o rapaz voltou dizendo que iríamos a pé para o encontro do chefe do tráfico, entre a favela da Nova Maré e a Baixa do Sapateiro. As pessoas que estavam comigo não me deixaram ir sozinha, formamos um grupo de 15. Em um certo ponto, um carro veio me buscar. Insistimos para que mais alguém fosse comigo e permitiram a entrada de um outro diretor. Paramos em frente a uma casa, com muitos jovens armados, que haviam invadido um lar. Na sala, havia três crianças, uma mulher amamentando um bebê e um homem. No segundo andar, estava o chefe, que não deixou o diretor entrar. Sentado em uma das camas, pediu que eu ficasse na outra. Para minha surpresa, tinha documentos que levavam o timbre da Prefeitura, com orçamentos de projetos que desenvolvíamos com associações de moradores da região e a Secretaria Municipal do Trabalho. Começou a fazer um monte de perguntas sobre valores concedidos, queria saber porque atuava na área dele etc. Respondia a todas as perguntas, dizia os valores exatos referentes aos projetos. Três horas depois, finalmente me liberou.
MC Achou que poderia morrer nesse dia?
ES Sim, achei que poderia ter morrido, fiquei muito abalada. Fiz terapia por anos para tentar lidar com meus desejos e medos. Acho que o maior que tinha era de ter que abrir mão desse trabalho que dá tanto sentido à minha vida.
MC Quando esse fato aconteceu, você não morava mais na Maré. Por que se mudou, em 1995?
ES Tivemos um momento acentuado de confrontos na Maré e a movimentação ficou complicada. Meu filho João, na época, ia fazer 5 anos. Fui para Niterói porque queria ter uma experiência diferente da cidade, queria me estabelecer sabendo que a Maré era um lugar muito próprio para mim.
MC É verdade que vai pra lá quando sabe que vai ter ação da polícia?
ES Sim, temos uma rede de pessoas que trocam informações sobre situação da violência letal da Maré. Quando tem operações, me dirijo para lá justamente para acompanhar.
MC Nunca teve medo?
ES Sim, tenho medo de covardias que podem acontecer sem você ter chance de se defender. Tenho medo de alguém achar que o trabalho da ONG esteja mexendo com coisas que não tem que mexer, como grupos armados e a polícia. Tenho medo de que aconteça a violência que aconteceu com a Marielle. Já recebi ameaças em momentos específicos.
MC É a favor da descriminalização das drogas no Brasil?
ES Sim. Diria que 100% das violências que acontecem na Maré se justificam pelo fato de os grupos armados venderem drogas no varejo. A polícia diz que faz esse enfrentamento porque existe um tráfico de drogas, que é proibido. Só que em torno desse tráfico, no varejo, há uma rede que envolve um tráfico de armas e que traz a letalidade. Se a droga é legalizada, esses pontos são retirados e serão estabelecidas como qualquer outro produto. As mortes vão diminuir.
MARIE CLAIRE Quais são as principais demandas das mulheres das comunidades cariocas?
ELIANA SOUSA SILVA São demandas ligadas à profissionalização, existe uma urgência em mudar de vida. E uma discussão de gênero porque, muitas vezes, a mulher conquista uma situação econômica melhor, mas continua sendo oprimida no relacionamento. O feminismo é uma discussão que ainda não chegou dentro da favela. Há vozes da juventude periférica afirmando um outro lugar como mulher no mundo, mas não existe um movimento que levante uma bandeira.
MC Quais são as violências mais comuns?
ES As meninas que crescem na Maré têm uma educação opressora, machista. São abusadas desde cedo e, normalmente, por familiares. Essa violência vai se reproduzindo com namorado, marido. Tem histórias fortes de mulheres que são mantidas em cárcere privado. Teve uma que de tanto apanhar, esfaqueou o marido. Outra história que me chocou aconteceu na Redes. Uma noite, um homem entrou na aula, pôs a mulher para fora e bateu nela no corredor. Passamos a acompanhá-la para que o denunciasse. Na Casa das Mulheres da Maré trabalhamos para melhorar a condição de vida delas. Damos apoio psicológico e sociojurídico, em parceria com a UFRJ. O espaço trabalha capacitação, há curso de formação de gastronomia, ensinamos as mulheres a empreender. Debatemos a questão da igualdade de gênero e construímos ações para as demandas das políticas públicas.
MC Além da violência, outra questão feminina e urgente é o aborto. Existe discussão sobre o tema na comunidade?
ES Por ser um tabu, não temos espaços de reflexão para lidar com essa questão. Mas já foi tabu discutir violência e isso mudou. Por ainda se tratar de uma discussão moral, a mulher é julgada, estamos longe de conseguir pensar essa questão dentro do escopo de políticas públicas, do direito da mulher ao seu corpo.
MC Como as meninas e mulheres costumam abortar na Maré?
ES Em clínicas clandestinas, o que é extremamente perigoso à saúde. Temos que ter um olhar menos preconceituoso e estereotipado sobre essa questão.
MC Você é a favor da legalização?
ES Sim. Quantas mulheres morrem no Brasil em função de não receberem atendimento adequado?
MC Já fez?
ES Já. Tinha uns 24 anos, namorava, mas não fazia sentido ter um filho. Nessas horas, suas amigas aconselham o melhor lugar. Fiz numa clínica na zona norte do Rio.
MC Você é feminista?
ES Sim. Me descobri feminista aos 22 anos, quando me elegi presidente da Associação de Moradores da Nova Holanda e tive que lidar com muitos homens acostumados a mandar. Era muito tímida e tinha que falar para 400 pessoas. Percebi como o machismo estava presente nas relações e era opressor. Isso foi em 1984. Por ter tido acesso à literatura, tinha como inspiração a Simone de Beauvoir. Entendi que a luta para ser ouvida era grande – e necessária.
MC Qual é a origem da Redes de Desenvolvimento da Maré?
ES Em 1996, fizemos um levantamento do perfil educacional da população da Maré, que mostrou como o acesso à universidade era baixo em relação a quem morava em áreas de periferia. Menos de 0,5% dos moradores tinha acesso à universidade. Criamos o Curso Pré-Vestibular Comunitário da Maré e esse número passou para 3%. A Marielle [Franco] foi minha aluna.
Um jovem procurou por mim carregando um fuzil. Dizia que eu não poderia sair e que iriam me buscar às 8h da noite. Achei que iria morrer, fiquei muito abalada"
MC Qual era a sua relação com a Marielle?
ES Conheci a Marielle bem jovem, dei aula de redação para ela. Depois, ficamos próximas porque desenvolvemos trabalhos na área de segurança pública e na questão da violação dos direitos dos moradores.
MC Como o assassinato dela impactou a Maré?
ES Ainda sinto no corpo essa morte. É difícil falar sobre isso porque perpassa a nossa existência. Todos ficaram chocados em como a violência chega tão perto e nos deixa sem chão.
MC Como era a Maré na época em que chegou, aos 7 anos?
ES Só passei a circular na adolescência. Meus pais me criaram muito presa, diziam que “na rua só se aprende o que não se deve”. Só ia para a escola e para a Paróquia Sagrada Família. Eles eram envolvidos com a Igreja Católica.
MC Qual foi o momento mais difícil pelo qual passou na sua militância?
ES Em 2001, um jovem procurou por mim na Redes, carregando um fuzil. Dizia que eu não poderia sair dali e que iriam me buscar às 8h da noite. Fiquei muito tensa, até que o rapaz voltou dizendo que iríamos a pé para o encontro do chefe do tráfico, entre a favela da Nova Maré e a Baixa do Sapateiro. As pessoas que estavam comigo não me deixaram ir sozinha, formamos um grupo de 15. Em um certo ponto, um carro veio me buscar. Insistimos para que mais alguém fosse comigo e permitiram a entrada de um outro diretor. Paramos em frente a uma casa, com muitos jovens armados, que haviam invadido um lar. Na sala, havia três crianças, uma mulher amamentando um bebê e um homem. No segundo andar, estava o chefe, que não deixou o diretor entrar. Sentado em uma das camas, pediu que eu ficasse na outra. Para minha surpresa, tinha documentos que levavam o timbre da Prefeitura, com orçamentos de projetos que desenvolvíamos com associações de moradores da região e a Secretaria Municipal do Trabalho. Começou a fazer um monte de perguntas sobre valores concedidos, queria saber porque atuava na área dele etc. Respondia a todas as perguntas, dizia os valores exatos referentes aos projetos. Três horas depois, finalmente me liberou.
MC Achou que poderia morrer nesse dia?
ES Sim, achei que poderia ter morrido, fiquei muito abalada. Fiz terapia por anos para tentar lidar com meus desejos e medos. Acho que o maior que tinha era de ter que abrir mão desse trabalho que dá tanto sentido à minha vida.
MC Quando esse fato aconteceu, você não morava mais na Maré. Por que se mudou, em 1995?
ES Tivemos um momento acentuado de confrontos na Maré e a movimentação ficou complicada. Meu filho João, na época, ia fazer 5 anos. Fui para Niterói porque queria ter uma experiência diferente da cidade, queria me estabelecer sabendo que a Maré era um lugar muito próprio para mim.
MC É verdade que vai pra lá quando sabe que vai ter ação da polícia?
ES Sim, temos uma rede de pessoas que trocam informações sobre situação da violência letal da Maré. Quando tem operações, me dirijo para lá justamente para acompanhar.
MC Nunca teve medo?
ES Sim, tenho medo de covardias que podem acontecer sem você ter chance de se defender. Tenho medo de alguém achar que o trabalho da ONG esteja mexendo com coisas que não tem que mexer, como grupos armados e a polícia. Tenho medo de que aconteça a violência que aconteceu com a Marielle. Já recebi ameaças em momentos específicos.
MC É a favor da descriminalização das drogas no Brasil?
ES Sim. Diria que 100% das violências que acontecem na Maré se justificam pelo fato de os grupos armados venderem drogas no varejo. A polícia diz que faz esse enfrentamento porque existe um tráfico de drogas, que é proibido. Só que em torno desse tráfico, no varejo, há uma rede que envolve um tráfico de armas e que traz a letalidade. Se a droga é legalizada, esses pontos são retirados e serão estabelecidas como qualquer outro produto. As mortes vão diminuir.
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