12/11/2018
A Rede Brasil do Pacto Global lançou nesta segunda-feira (12), em São Paulo, a versão em português de uma plataforma da ONU sobre igualdade de gênero nas empresas. Utilizada por mais de 800 companhias em 90 países, a ferramenta gratuita permite medir disparidades entre homens e mulheres no mundo corporativo. A iniciativa chega ao Brasil com o apoio dos governos da Dinamarca, Finlândia, Noruega e Suécia.
A Rede Brasil do Pacto Global lançou nesta segunda-feira (12), em São Paulo, a versão em português de uma plataforma da ONU sobre igualdade de gênero nas empresas. Utilizada por mais de 800 companhias em 90 países, a ferramenta gratuita permite medir disparidades entre homens e mulheres no mundo corporativo. A iniciativa chega ao Brasil com o apoio dos governos da Dinamarca, Finlândia, Noruega e Suécia.
O sistema online convida gestores a responder 18 questões de múltipla escolha, que abordam temas como liderança, ambiente de trabalho, mercado e comunidade. Tópicos incluem o compromisso com uma estratégia de igualdade, pagamento igualitário, recrutamento, apoio aos pais e cuidadores, saúde da mulher, entre outros. Cada pergunta é elaborada de acordo com o modelo de gestão e atende a empresas de todos os tamanhos.
A partir das respostas, a plataforma ajuda as instituições do setor privado a avaliar suas políticas internas sobre gênero e empoderamento feminino. O portal identifica oportunidades e áreas que precisam ser melhoradas.
A Ferramenta de Análise de Diferenças de Gênero e Princípios de Empoderamento das Mulheres é fruto de uma parceria do Pacto Global com a ONU Mulheres e o braço empresarial do Banco Inter-Americano de Desenvolvimento (BID Invest).
A versão em português do sistema foi apresentada no seminário “Gênero e Inclusão nas Empresas”, na sede do Insper, na capital paulista. A plataforma é implementada pelo braço brasileiro do Pacto em conjunto com o projeto Diálogos Nórdicos, uma iniciativa da Dinamarca, Finlândia, Noruega e Suécia para discutir desafios do Brasil nas áreas de igualdade de gênero, sustentabilidade e transparência.
Acesse a plataforma clicando aqui.
Dados do Fórum Econômico Mundial sobre competitividade global indicam que a igualdade de gênero é um dos fatores — ao lado da etnia, orientação sexual ou religião — que beneficiam o crescimento econômico de sociedades inclusivas e diversificadas.
Um estudo do Banco Mundial — Mulheres, Empresa e o Direito 2018 — afirma ainda que se houvesse igualdade salarial entre homens e mulheres, o Produto Interno Bruto (PIB) global seria 26% maior.
Já no PIB do Brasil, haveria um aumento de 3,3%, ou seja, o equivalente a 382 bilhões de reais. Segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres são mais da metade (106 milhões) dos 207 milhões de brasileiros. Elas correspondem a 43% da força de trabalho.
O levantamento do Banco Mundial indica também que, no Brasil, faltam medidas para assegurar a igualdade de gênero — como a licença parental e a remuneração igualitária entre homens e mulheres.
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