14/11/2018
Os colégios deveriam ser um espaço seguro para crianças aprenderem e crescerem. Mas para metade de todos os adolescentes no mundo, a situação é bem diferente. Milhões de meninos e meninas enfrentam violência, bullying e ameaças, dentro e fora da sala de aula. O problema pode ter consequências duradouras na saúde física e mental das vítimas.
Para conscientizar a população sobre as agressões nos ambientes de ensino, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) listou 13 razões pelas quais é urgente acabar com a violência nas escolas:
1. Um problema de proporções enormes
Cerca de 150 milhões de estudantes, dos 13 aos 15 anos, relataram ter sofrido violência dos seus prórios colegas, dentro e fora da escola. Metade de todos os adolescentes do mundo já passaram por agressões em centros de ensino.
2. Leis que não protegem contra castigo
Quase 720 milhões de jovens em idade escolar vivem em países onde eles não estão completamente protegidos pela lei de castigos corporais nas escolas. Essas crianças correm risco de sofrer castigos físicos, de professores e outras figuras de autoridade.
3. Bullying
Em nível global, um em cada três estudantes, com idade de 13 a 15 anos, já sofreu bullying. Segundo dados coletados pelo UNICEF, o problema é um dos tipos mais comuns de violência relatados nas escolas.
4. Grupos vulneráveis
Crianças que já são marginalizadas estão especialmente vulneráveis ao bullying. Entre os fatores que aumentam as chances de um jovem sofrer violência escolar, estão deficiência, pobreza extrema, etnia, orientação sexual ou identidade de gênero.
5. Agressores
Em 39 países da Europa e da América do Norte, 17 milhões de adolescentes admitiram praticar bullying contra seus colegas na escola.
6. Brigas
Um em cada três estudantes, com idade de 13 a 15 anos, já se envolveu em brigas físicas nas escolas. Ataques físicos por colegas são mais comuns entre os meninos, enquanto as meninas têm mais chances de serem vítimas de formas psicológicas de bullying ou associadas às relações interpessoais.
7. Armas nas escolas
Nos últimos 27 anos, houve pelo menos 70 tiroteios fatais dentro de escolas.
8. Cyberbullying: da rede para a vida real
O bullying na internet, também conhecido como cyberbullying, permite aos agressores se esconder no anonimato, mas tem repercussões concretas. Vítimas de cyberbullying têm mais chances do que os outros alunos de usar álcool e drogas, matar aula, obter notas mais baixas e desenvolver uma baixa autoestima e problemas de saúde.
9. Violência em zonas de guerra
Estima-se que 158 milhões de crianças, com idade dos seis aos 17 anos, vivam em áreas afetadas por conflitos, onde as salas de aula são frequentemente espaços pouco seguros. Crianças em zonas de confronto armado são obrigadas a arriscar suas vidas para ter uma educação.
10. Violência que custa caro
Em nível global, o custo da violência contra as crianças chega a 7 trilhões de dólares por ano. Essas despesas deslocam recursos e acabam reduzindo investimentos em saúde, desenvolvimento da primeira infância e educação.
11. Violência gera violência
Crianças que crescem em contextos violentos têm mais chances de reproduzir a violência quando se tornarem jovens adultos.
12. Consequências para a vida toda
Na primeira infância, o estresse associado à exposição repetida a episódios de violência pode interferir no desenvolvimento saudável do cérebro. Também pode levar a comportamentos antissociais, ao uso abusivo de substâncias, ao comportamento sexual de risco e à prática de atividades criminosas.
13. Um problema evitável
A violência nas escolas pode ser prevenida. Estudantes de todas as partes do mundo estão se manifestando para pedir a segurança e a educação que eles merecem. É hora de seguir os passos desses jovens. Não deixe a violência ser uma aula cotidiana.
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