Publicado em 29 de jul de 2016
A violência contra a mulher é tão comum e tão banalizada na sociedade brasileira que muitas mulheres têm dificuldade para se reconhecer como vítimas dessa violência, diz a promotora de justiça Silvia Chakian, do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica (Gevid) do Ministério Público de São Paulo, que trabalha com o tema há mais de 15 anos. “As mulheres tendem a sofrer vários episódios de violência até romper com o silêncio”, conta a especialista, em palestra no quarto evento da série USP Talks.
No aniversário de 10 anos da Lei Maria da Penha, Silvia fala sobre os ciclos da violência doméstica e as dificuldades que a Justiça enfrenta para coibir esse tipo de crime. Segundo ela, muitas mulheres ainda hesitam em denunciar a violência por medo de serem ignoradas ou desacreditadas. E mesmo depois de fazer uma denúncia, muitas se arrependem e tentam retirar a queixa depois, acreditando que o marido ou parceiro mudará seu comportamento. “É muito difícil para a mulher suportar o ônus de processar aquele que um dia ela amou, ainda ama, ou o pai dos seus filhos”, relata Silvia. “A vítima de violência doméstica não chega na audiência com sangue nos olhos; ela chega com lágrimas nos olhos, cheia de culpa. E essa é uma grande dificuldade.”
A violência contra a mulher é tão comum e tão banalizada na sociedade brasileira que muitas mulheres têm dificuldade para se reconhecer como vítimas dessa violência, diz a promotora de justiça Silvia Chakian, do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica (Gevid) do Ministério Público de São Paulo, que trabalha com o tema há mais de 15 anos. “As mulheres tendem a sofrer vários episódios de violência até romper com o silêncio”, conta a especialista, em palestra no quarto evento da série USP Talks.
No aniversário de 10 anos da Lei Maria da Penha, Silvia fala sobre os ciclos da violência doméstica e as dificuldades que a Justiça enfrenta para coibir esse tipo de crime. Segundo ela, muitas mulheres ainda hesitam em denunciar a violência por medo de serem ignoradas ou desacreditadas. E mesmo depois de fazer uma denúncia, muitas se arrependem e tentam retirar a queixa depois, acreditando que o marido ou parceiro mudará seu comportamento. “É muito difícil para a mulher suportar o ônus de processar aquele que um dia ela amou, ainda ama, ou o pai dos seus filhos”, relata Silvia. “A vítima de violência doméstica não chega na audiência com sangue nos olhos; ela chega com lágrimas nos olhos, cheia de culpa. E essa é uma grande dificuldade.”
Um ponto crucial, segundo a promotora, é dar mais valor e mais credibilidade à palavra das mulheres, para que elas não sejam discriminadas e constrangidas também pela sociedade e pelas próprias autoridades que têm o dever de protegê-las.
Assista também à palestra da pesquisadora Ana Flávia Oliveira, da Faculdade de Medicina da USP: https://youtu.be/t0Bo49_yaGE; e ao debate delas com a plateia no final do evento: https://youtu.be/nbuQsd5yZH8
Nenhum comentário:
Postar um comentário