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quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Como esta cientista de dados da IBM leva mais diversidade à área de TI

Gabriela de Queiroz criou o R-Ladies, com workshops de programação para mulheres. Agora vai lançar o AI Inclusive, sobre desenvolvimento de algoritmos

18/10/2019 - POR ÉRICA CARNEVALLI

Gabriela de Queiroz, gerente de machine learning na IBM (Foto: Divulgação)










A tecnologia é uma das muitas áreas nas quais predomina a presença masculina. Mas Gabriela de Queiroz tem trabalhado para mudar isso. Gerente de machine learning na IBM nos Estados Unidos, Gabriela criou o R-Ladies. A organização mundial oferece workshops gratuitos de programação para mulheres em linguagem R. Agora, em novembro, vai lançar o AI Inclusive, programa para levar mulheres e grupos minoritários para a área de desenvolvimento de algoritmos de inteligência artificial (IA). Os primeiros grupos serão em São Francisco e no Rio de Janeiro (RJ), sua cidade natal.

“É importante um espaço dedicado às mulheres, porque você se sente mais à vontade e o aprendizado se torna mais efetivo”, diz à Época NEGÓCIOS.
Gabriela sentiu na pele a falta de mulheres na área de programação. Quando se mudou para São Francisco, em 2012, participava de cursos de data science e machine learning — um ambiente dominado por homens. “Eu como latina e estrangeira, não me sentia totalmente inserida, não via ninguém semelhante”, afirma.
A experiência negativa teve um bom resultado: Gabriela viu a necessidade de compartilhar o que aprendia e assim surgiu o R-Ladies. O grupo é global e está em 170 cidades de 45 países.
Encontro do R-Ladies em Ancara, na Turquia (Foto: Divulgação)









Segundo a cientista, promover a diversidade em programação e desenvolvimento de algoritmos significa contemplar mais pessoas nos produtos e serviços. Ela afirma que os vieses na IA em reconhecimento facial, por exemplo, podem ser eliminados. “Você precisa ter pessoas diversas para ter uma base de dados diversa”, diz.
R-Ladies também serve como uma rede de conexão para as mulheres do meio. A organização oferece uma base de nomes das mulheres da área para facilitar o convite a eventos e conferências, por exemplo. “Criamos uma rede de suporte para gerar mudanças efetivas”, afirma Gabriela. Ela conta que apesar de haver cada vez mais mulheres em cursos de computação e tecnologia nas faculdades, faltam contratações. Uma das razões está na descrição de vagas que usam termos pouco “neutros” como “data ninja” e “rockstar” —, o que, para Gabriela, afasta o sexo feminino. “Diferentemente dos homens, as mulheres não se candidatam quando acham que não contemplam todos os requisitos”, diz.
Encontro do R-Ladies em São Paulo (SP) (Foto: Divulgação)

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