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terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Desigualdade à brasileira

Mamilos #228
 • 29 de novembro, 2019

JORNALISMO DE PEITO ABERTO

O que você pensa quando ouve a palavra “desigualdade”?

Talvez você pense no abismo financeiro que separa pessoas pobres e ricas. Ou nas diferenças entre as casas e escolas dessas pessoas.

Mas dá pra por na conta também: O quão difícil pode ser o acesso a tratamentos de saúde de qualidade, a complexidade de achar uma boa moradia em um lugar prático e por um preço viável, o quão arborizada é a região em que se vive, o número de acidentes com a população e sua expectativa de vida, mortalidade infantil, a dificuldade de se conseguir um bom emprego, especialmente perto de casa, os obstáculos que se apresentam pra consumir qualquer tipo de cultura, dependendo de onde você estiver e quanto dinheiro tem

E como está a desigualdade no Brasil?
7,2% da população – 15 milhões de pessoas – tem 6.60 reais pra gastar por dia, enquanto
1% da população – 1,2 milhões de pessoas – tem 1.824 reais pra gastar por dia.

A diferença entre a base a o topo da pirâmide é que o que a pessoa do topo ganha é o equivalente a renda de 278 pessoas da base.

Isso sem falar nas diferenças raciais, entre gêneros, econômicas, regionais…

No estudo Desigualdades Sociais por Cor ou Raça, o IBGE apontou que os homens brancos estão no topo da pirâmide dos maiores rendimentos, segundo dados de 2018.

Para cada R$ 1.000 recebidos por esse grupo, eram pagos R$ 758 para mulheres brancas, R$ 561 para homens pretos ou pardos e R$ 444 para mulheres pretas ou pardas.

Em teoria, ninguém acha isso bonito. A pesquisa – o que pensa o brasileiro sobre desigualdade, feita pela OXFAM em 2018 revela que 86% dos brasileiros creem que o progresso no Brasil está condicionado à redução de desigualdade entre pobres e ricos.

84% acreditam que é obrigação dos governos diminuir as diferenças entre os muito ricos e os muito pobres, porém 57% não acreditam que as desigualdades diminuirão nos próximos anos.

E temos razão para pensar assim! No último dia 16, a FGV publicou o estudo “A Escalada da Desigualdade” mostrando que desigualdade social aumenta há mais de cinco anos no país. São 17 trimestres consecutivos de aprofundamento do abismo de condições sócio-econômicas: o período mais longo de alta na concentração de renda dos brasileiros já contabilizada.

Do quarto trimestre de 2014 até hoje, a metade mais pobre do país viu sua renda diminuir 17,1%; a chamada classe média, que ocupa 40% do restante, teve perdas de 4,16%; e os 10% mais ricos viram sua renda crescer 2,55%. Levando em conta os 1% mais ricos, o aumento é ainda maior e o número chega a 10,11%.

O principal motivo para esses resultados, de acordo com a FGV, é o desemprego no país, fruto da crise econômica vivida em 2015 e 2016 que corroeu o poder de compra das famílias. Segundo o estudo, a queda na inflação a partir de 2017 teve função importante para fomentar o consumo, mas como os níveis de desemprego não tiveram o mesmo movimento de queda, a situação não se reverteu na concentração de renda.

Como vamos enfrentar e combater esse problema?

Para responder essa pergunta de 1 milhão de dólares, reunimos os economistas Marcelo ManzanoDaniel Duque e Gabriela Chaves!


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