por: Yuri Ferreira
Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o número de casos de feminicídio teve um aumento de 22% durante a pandemia do novo coronavírus. O confinamento se torna cativeiro e milhares de mulheres têm sofrido nas mãos de seus companheiros.
Os dados do FBSP corroboram os os números da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro , em que as denúncias de violência contra a mulher subiram 50% com confinamento por coronavírus. Além disso, acredita-se que a dificuldade do isolamento social dificulta a denúncia das vítimas, causando uma subnotificação da violência contra a mulher ao redor de todo o país.
“Durante a crise sanitária, muitas mulheres estão confinadas com o agressor, com dificuldade em pedir ajuda pelo celular, sem poder sair de casa e, além disso, muitas vezes em condições precárias e desempregadas. Outras tiveram sua renda diminuída por conta dos reflexos no mercado de trabalho e estão mais vulneráveis do que antes”, afirmou a diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno, ao UOL.
Uma prograpaganda incrível do Instituto Maria da Penha alertou para o perigo da violência de gênero em tempos de pandemia. A açõ batizada de ‘Call‘ busca mostrar o drama das mulheres confinadas durante o isolamento social:
“Se por um lado nos afastamos voluntariamente do convívio social, por outro nos expomos a um excesso de convívio familiar. Que em alguns, despertou o sentimento de confinamento, de exclusão, exacerbando a agressividade, que antes era liberada, de forma criativa nas relações e programas sociais”, explicou.
Como resposta à violência de gênero, abusos sexuais e psicológicos, outras mulheres construíram uma rede de proteção e uma maneira de expor suas experiências nas redes sociais. A hashtag #Exposed tomou o Twitter, especialmente associada à regiões pequenas, como bairros e pequenas cidades, tentando denunciar o comportamento inadequado e muitas vezes criminoso de diversos homens ao redor do país.
O movimento retoma o caminho da #MeuAmigoSecreto que havia tomado as redes sociais em 2014 e procurava denunciar anonimamente o comportamento abusivo de homens. Dessa vez, as manifestações ganham um novo fator: a revelação do nome do assediador.
Confira alguns tweets sobre o assunto:
O #exposed não é um ataque aos homens e sim uma triste realidade que há muito tempo foi normatizada! Se você, tendo sido exposed ou não, se sentiu ofendido com algo que foi falado, isso mostra que a carapuça serviu! Então, reveja seus princípios, reflita e aja diferente!
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Varias meninas se uniram com a hashtag #exposed para expor relatos de abusos sexuais, assédios, estupros, etc.
Tomamos a iniciativa de criar esse perfil para isso. Caso tenha algum relato e quiser desabafar, fique à vontade! (estamos em anônimo)
Não se calem, estamos juntas
93 pessoas estão falando sobre isso
Meninas, tomem cuidado! Não divulgar informações pessoais (foto e nome) do agressor não é passar pano. É se proteger de consequências jurídicas graves. É muito importante falar o que aconteceu e denunciar, mas isso precisa ser feito de forma correta e segura. #exposed #ExposedBh
81 pessoas estão falando sobre isso
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