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sábado, 15 de dezembro de 2012


Contra trabalho infantil, Campanha alcança mais de 25 milhões de pessoas


Créditos: Thais Chita
Yuri Kiddo, da Cidade Escola Aprendiz


Os quatro meses de mobilização nacional renderam à Campanha É da nossa conta! Trabalho infantil e adolescente números bastante significativos: mais 25 milhões de pessoas alcançadas nas redes sociais, sendo 700 mil somente em debates promovidos nelas, 50 mil atingidas diretamente e 350 mil sensibilizadas nos lançamentos de sete capitais brasileiras. 240 mil gibis da Turma da Monica foram distribuídos nas bancas de todo o Brasil, além de 160 mil kits da Campanha para ONGs, escolas, movimentos socais, bibliotecas públicas, pontos de leitura, parceiros e Grupo Telefônica, além de colaboradores e terceirizados. Em relação à mobilização da mídia, as quantidades também impactaram: 400 Jornalistas Amigos da Criança sensibilizados e 16 mil pautas enviadas, sendo que 34 matérias veiculadas foram em jornais impressos, rádios e televisão.

Em parceria com o Fundo das Nações Unidas para Infância e Adolescência (Unicef) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a Fundação Telefônica apresentou, em 10 de dezembro, estes resultados em audiência pública, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), que contou com cerca de 80 pessoas. Centro de Empreendedorismo Social e Administração em Terceiro Setor (Ceats), Cidade Escola Aprendiz, Viração Educomunicação, Otagai, Casa Redonda também estão entre os parceiros.
A iniciativa, que utilizou diversos recursos e estratégias para mobilizar todas estas pessoas no país nos últimos quatro meses, esteve centrada em quatro pilares: reconhecer as situações de trabalho infantil e adolescente, questionar o contexto desse tipo de situação, descobrir as ações cotidianas para ajudar no combate, e compartilhar atitudes e informações sobre a realidade de mais de três milhões de meninos e meninas por todo o país.
Tendo as mídias sociais como principal ferramenta de atuação, a É da nossa conta! estimulou quase 170 mil a curtirem a página da Rede Promenino Fundação Telefônica, no Facebook, onde todas as informações delas e/ou relacionadas foram publicadas. O impacto foi de mais de 25 milhões de pessoas até seu encerramento. “Estamos muito felizes com os resultados. Fizemos uma pesquisa qualitativa e conseguimos avaliar a Campanha como muito efetiva. 91% dos entrevistados entenderam que a ação contribuiu para que eles tivessem mais detalhes sobre o problema”, afirma a diretora de programas da Fundação Telefônica, Gabriella Bighetti. A pesquisa foi feita com quase mil pessoas pelo Brasil. Bighetti lembrou também que a FT ainda está em 27 municípios do Estado de São Paulo desenvolvendo ações de combate à exploração de meninas e meninos. Segundo a diretora, a Campanha continua em 2013.
Foram realizados 19 debates no Facebook e Twitter, entre fóruns e hangouts, que impactaram quase 700 mil pessoas – mesmo número de crianças de cinco a 13 anos trabalhando no país em 2011, segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). “Todas as pessoas que estão aqui [na Assembleia] já tem uma tendência a querer mudar a realidade. Nós temos que falar também para quem explora e quem é a favor, e isso só se faz por meio da comunicação”, conclui o coordenador do Fórum Paulista de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FPPETI), Sérgio Silva.
Protagonismo
Convocada pelo deputado estadual Carlos Bezerra Jr., vice-presidente da Comissão Estadual dos Direitos Humanos, a audiência contou com a participação de entidades atuantes nas áreas direitos das crianças e adolescentes. “A Campanha inova ao propor a corresponsabilização. O senso comum é que o papel exclusivamente recai somente ao poder público e o slogan da ação foi muito adequado porque realmente é da nossa conta”, reconhece. “Podemos pensar daqui para frente em organizar um fórum permanente de combate à exploração de crianças e adolescentes.”
O diferencial da iniciativa foi o protagonismo de adolescentes e jovens nos debates e na produção de conteúdo. “Conseguimos passar para outros adolescentes que nós, jovens, temos a consciência do que significa trabalho infantil. Devemos repassar esse conhecimento para mudar nosso olhar. A gente vê, mas não repara”, diz convicta a jovem Evellyn Ferreira, integrante do grupo de comunicadores mobilizados pela Viração Educomunicação. Outro jovem que junto com Evellyn participaram da mesa de debates, Mike Pereira, lembrou de uma situação presenciada por ele: crianças que vendem brinquedo na praia e questiona. “Ao invés delas brincarem, ela está vendendo para que outras pessoas brinquem. Fica na nossa cabeça como isso deve ser para essa criança, né?”.
Bezerra elogia a Campanha por incentivar e garantir o protagonismo infanto-juvenil. “A criança e adolescente são vistos como indivíduos sob tutela. A iniciativa aponta outro caminho, o de meninos e meninas como um indivíduo de direitos”, afirma o deputado que também é relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes e autor da cartilha 7 passos para o enfrentamento da violência sexual infanto-juvenil.
Na opinião de Silva, “é preciso lidar com esse problema de uma forma articulada, porque ao mesmo tempo que questionamos e sugerimos a erradicação do trabalho infantil, devemos oferecer alternativas imediatamente”. O coordenador do escritório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Silvio Kaloustain, parabeniza a ação por fazer da campanha uma política pública nacional, e faz uma alerta. “Temos que tomar cuidado com essas iniciativas de mobilização e disseminação de informação que não estão sustentadas com dados que vinculem com o sistema de proteção e garantias, e tem pouca efetividade. Por isso, a É da nossa conta! cumpre o compromisso com a infância brasileira nesse sentido”, conclui. Kaloustain também propõe mudanças de atitudes práticas e políticas nas redes de atendimento para erradicar de vez o trabalho infantil até 2020, compromisso firmado pelo Brasil e outros países em acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

http://www.promenino.org.br/Default.aspx?TabId=77&ConteudoId=5f45ed5d-df1d-4afc-bae9-a02079f0f586

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